Reação vacinal em bovinos pode provocar perdas econômicas para o pecuarista

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Ao calcular as perdas, o resultado da reação vacinal alcançou o valor máximo de 6,5 quilos por animal

A reação vacinal pode provocar perdas de até R$ 50 por animal. Os prejuízos econômicos, provenientes de descarte de carnes, são causados por vários fatores, entre eles a aplicação inadequada das doses e a composição das vacinas.

A constatação faz parte do projeto Na Medida, desenvolvido em parceira com a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), a Universidade Estadual Paulista (Unesp), Campus de Botucatu-SP, e a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Campus de Sinop-MT. A iniciativa contou ainda com a participação das empresas Beckhauser e Frialto.

De acordo com o estudo, considerado o valor da arroba do boi em R$ 115, as perdas por reação vacinal podem chegar a aproximadamente R$ 50 por animal. Sobre a pesquisa, o coordenador do projeto e professor da Unesp, Roberto de Oliveira Roça, conta que foram avaliados 1.012 bovinos, divididos em 19 abates, durante o ano de 2013.

– Os resultados foram analisados de forma coletiva, com apresentação dos valores totais de cada lote avaliado – explica o pesquisador.

Ao calcular as perdas, o resultado da reação vacinal alcançou o valor máximo de 6,5 quilos por animal, considerando 1,65% de lesões em relação ao peso vivo pré-jejum.

– Isso indica que há necessidade de informação e treinamento da prática de vacinação na propriedade rural, para que as perdas sejam reduzidas”, conclui Roça.

O superintendente da Acrimat, Luciano Vacari, acrescenta que medidas simples podem melhorar o manejo dos animais, como troca de seringas e a forma correta de aplicação das vacinas.

– Além disso, é preciso que o setor da pecuária discuta com as empresas de medicamentos e com o Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento a eficiência e composição das vacinas comercializadas no país – pontua Vacari.

O médico veterinário da Acrimat, Guilherme Nolasco explica que por serem vacinas oleosas, a forma de aplicação precisa ser mais cuidadosa.

– A absorção desse tipo de vacina é mais lenta e se mal aplicada pode provocar edemas, abcessos e contaminação da carne, cujos prejuízos são descontados no peso do animal no abate – diz Nolasco.

Ele lembra que a antiga utilização de doses aquosas diminuía com as perdas no processo de vacinação.

Outros problemas que podem prejudicar o rebanho e, consequentemente atrapalhar o ganho do pecuarista, são as condições estruturais do curral. Tábuas frouxas, piso sujo e encharcado podem aumentar o risco de contusões nos animais em função de escorregões e quedas.  A recomendação é que os pecuaristas percorram o caminho por onde os animais serão conduzidos, verificando se há pregos salientes, pedras, buracos, tábuas soltas, quinas, que podem prejudicar o andamento do manejo e causar danos aos animais.

Fonte: http://pecuaria.ruralbr.com.br/

2º Seminário de Pecuária da Serra Catarinense atrai participantes de SC e RS

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O Seminário se transformou numa grande oportunidade a mais de 700 produtores, técnicos e acadêmicos, para o real conhecimento do potencial da pecuária de corte para o desenvolvimento regional.

Ficou claro que a otimização do potencial de produção está ligado diretamente às pastagens e ao manejo delas em sistemas integrados; além da inclusão do manejo reprodutivo do rebanho de cria com foco nos resultados, e ainda a capacidade de investimentos em tecnologia e das principais fontes de captação de recursos. Estes foram os principais focos do 2º Seminário de Pecuária da Serra Catarinense, realizado no Parque Conta Dinheiro, em Lages, na quarta-feira (16/07).

O evento trouxe renomados palestrantes, que apresentaram diversos pontos de discussão, e que necessitam ser mais bem observados. Numa região rica em terra, água e luz, não há outra perspectiva a não ser o crescimento do agronegócio. No entanto, numa das palestras proferida pelo Prof. Dr. Aino Victor Jacques, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) ele disse que a pecuária em Santa Catarina anda devagar. Nas últimas décadas, cresceu apenas 40%, em comparação com as demais culturas, de grãos, por exemplo. Entre os caminhos para se chegar ao crescimento da pecuária, está o cuidado com as pastagens e a melhora das condições do solo. “É preciso que os produtores observem as tecnologias existentes, visando o aumento da rentabilidade e a produtividade da pecuária de corte”, ressaltou.

Outra recomendação do Dr. Aino é também para que se tome cuidado com as pastagens no pico do inverno, nos meses de junho e julho; e que se dê mais atenção aos campos nativos. Em razão disso, comentou ser completamente contra as queimadas, muito usadas na região, com a justificativa de que a rebrota é mais rápida.

Com dados de pesquisa, provou que a roçada, ao invés da queima, dobra a produção do pasto verde, e que resulta numa eficaz proteção e melhoramento dos campos nativos, abundantes na Serra Catarinense. “Além disso, a região tem mostrado que já trabalha com tecnologia e com as fontes de financiamentos existentes, o que só tende a aumentar os resultados”, disse.

Eficiência dos projetos

A diversidade do clima em Santa Catarina não impede a aplicação de técnicas de melhoramento de campo. Hoje a tecnologia, aliada às fontes de recursos pode tornar realidade todos os anseios de uma boa produção. A afirmação é do engenheiro agrônomo Newton Borges da Costa Jr, da Epagri de Lages. Conforme ele, a empresa tem mais de 120 projetos espalhados pelo Estado.

Porém, é preciso aumentar ainda mais o alcance, pois, os primeiros resultados são altamente positivos, com a eficiência comprovada de projetos que compreendem 29% da Serra Catarinense, 25% no Oeste e 13%, no Meio Oeste.

A maior preocupação é fazer com que os produtores abram-se para as novas oportunidades. Muitos não têm o hábito de buscar recursos em meios de acesso ao crédito; fogem da burocracia do sistema financeiro; protelam investimentos em tecnologia, e deixam de aplicar na propriedade assistência técnica efetiva. Estas foram algumas considerações expostas pelo palestrante.

Potencial

Os financiamentos de projetos a juro zero, propiciados pelo Governo do Estado de Santa Catarina foram muito elogiados pelas autoridades presentes e palestrantes. Por outro lado, entre as iniciativas de sucesso, o destaque ficou por conta do programa Campos das Tropas, que está em pleno crescimento, fornecendo carne de qualidade ao consumidor, graças à aliança entre criadores e a Associação Rural, que permite a comercialização em parceria com um supermercado de Lages, conforme explicou a médica veterinária Caroline Ramos Ribeiro.

O demonstrativo do potencial da pecuária de corte para o desenvolvimento regional, foi outro ponto que atraiu a atenção dos participantes do Seminário. Ficou explicitado o quanto a pecuária pode se desenvolver na região, com ampla capacidade de dobrar a produção de terneiros, e consequentemente, obter mais carne de qualidade, e transformar as propriedades em grandes redes de referência. O assunto foi abordado pelo Dr. Cassiano Eduardo Pinto, da Estação Experimental de Lages.

Segundo ele, está fácil para o produtor atingir em termos de produção, mais de 450 kg de peso vivo por hectare por ano, obtendo preços médios de venda 12% superiores ao mercado comum.

O Seminário

O 2º Seminário de Pecuária da Serra Catarinense, realizado durante todo o dia, na quarta-feira (16), no Parque Conta Dinheiro em Lages, atraiu mais de 700 pessoas de várias regiões do Estado.

Estiveram presentes na abertura e na composição da mesa, o secretário de estado da Agricultura e da Pesca, Airton Spies, o presidente da FAESC, José Zeferino Pedroso, o presidente da Epagri, Luiz Ademir Hessmann, o chefe geral da Embrapa Pecuária Sul, Alexandre Costa Varela, o presidente da Associação Rural de Lages, Márcio Pamplona e o secretário municipal da Agricultura e Pesca, Moisés Savian.

O principal objetivo foi a apresentação de alternativas para desenvolver o potencial da pecuária de corte na Serra Catarinense.

Informações fone: (49) 3223 1892 Assessoria de Imprensa Fone: (49) 9148 4045 E-mail: pchagas@brturbo.com.br

Fonte: http://www.lagesrural.com.br/

Estados do Sul discutem cadeia produtiva do leite

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Os secretários de Agricultura de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul reuniram-se nesta terça-feira , dia 15,em Curitiba (PR) para discutir uma estratégia conjunta de melhoria na cadeia produtiva do leite no Sul do Brasil. O encontro contou ainda com a participação dos representantes dos órgãos de defesa sanitária, pesquisa agropecuária, extensão rural dos três estados, além do setor privado e entidades ligadas à agricultura.

O secretário da Agricultura e da Pesca de Santa Catarina, Airton Spies, explica que a ideia é criar uma Aliança Láctea Sul Brasileira que pense estratégias para o desenvolvimento da cadeia produtiva do leite nos três estados. O desafio é avançar em qualidade, produtividade e competitividade, com maior organização estrutural do setor, logística e agregação de valor.

No Brasil, a região que mais cresce em produtividade é formada pelo oeste de Santa Catarina, noroeste do Rio Grande do Sul e sudoeste do Paraná. “Essa região tem o clima favorável, mão de obra qualificada, pasto o ano inteiro, mostrando que as condições para produzir leite de alta qualidade a preços competitivos são muito boas”, afirma Spies. Segundo o secretário, ainda há o que melhorar em termos de infraestrutura como estradas para o transporte de leite, energia elétrica para o resfriamento e também investimentos nas propriedades, como em resfriadores e salas de ordenha. “Para que o leite do sul do Brasil seja um produto competitivo no mercado global, a qualidade do leite precisa melhorar muito e a logística e infraestrutura precisam ser confiáveis para que possam atender demandas constantes de mercados exigentes”, ressalta o secretário catarinense.

Com uma taxa de crescimento médio de 8,6% ao ano, Santa Catarina se destaca como o quinto produtor nacional de leite, responsável por 7,9% da produção do Brasil. Com 80 mil famílias rurais envolvidas, a produção de leite está localizada, principalmente, em pequenas propriedades de agricultores familiares, ou seja, mais de 60% das propriedades tem área total menor que 20 hectares.

Fonte: http://economiasc.com.br/

Lages será sede do 2º Seminário de Pecuária da Serra Catarinense

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A Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), em parceria com o Governo do Estado de Santa Catarina, Associação Rural de Lages, Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), e a Embrapa Pecuária Sul irão promover em julho (16), no Parque de Exposições Conta Dinheiro, o 2º Seminário de Pecuária da Serra Catarinense.

O foco do evento será a discussão sobre o manejo integrado em busca de uma pecuária mais rentável, oferecendo palestras técnicas. Outro objetivo é discutir temas de relevância para pecuária regional nos dias de hoje, buscando promover o desenvolvimento sustentável e maior renda aos pecuaristas dos Campos de Cima da Serra. Como, por exemplo, como otimizar o potencial produtivo das pastagens naturais, e o manejo adequado de pastagens cultivadas de alto potencial produtivo e da integração lavoura-pecuária.

O destaque do Seminário será para a apresentação dos resultados parciais do projeto Rede de Propriedades Tecnológicas (Reprotec), realizado em algumas propriedades de ciclo completo de bovinos de corte, sob sistemas intensivos de produção a pasto. Uma destas propriedades está obtendo 460 kg de peso vivo/hectare/ano. Outro exemplo de sucesso é para uma propriedade de cria de bovinos de corte, que passou de uma taxa de desmame de 50% para uma média de 85% no segundo e terceiro anos de execução do projeto.

Também serão apresentados alguns resultados gerados com a organização dos produtores. Após a criação de uma aliança mercadológica com a marca “Campo das Tropas”, vêm sendo abatidos semanalmente bovinos jovens e com alto rendimento de carcaça, com a venda de carne de qualidade diretamente ao consumidor. Com a aliança, os pecuaristas conseguiram incremento de renda de 12%, em 2013, sobre os valores médios de mercado, e a venda de novilhos e novilhas ao mesmo patamar de preços.

Fonte: http://www.lagesrural.com.br/

Faesc realiza reunião periódica em Lages

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A reunião periódica da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC), e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), na quarta-feira (25/06), na sede da Associação Rural, em Lages, buscou dirimir todas as dúvidas referentes à Instrução Normativa RFB Nº 1.467 de 22/05/2014, que apresenta algumas modificações a respeito da declaração do Imposto Territorial Rural (ITR).

Da reunião participaram todos os presidentes ou representantes dos Sindicatos Rurais da Região Serrana. Durante toda a manhã, a analista tributária da Receita Federal, Edi Maria Travesine, tratou de explicar, com detalhes, as mudanças provocadas pela nova Instrução Normativa.

Entre as novidades, a consideração de imóvel rural como área contínua, formada de uma ou mais parcelas de terras localizadas na zona rural do município. Além disso, é preciso considerar que a área de imóvel esteja localizada em zona urbana e zona rural, porém, registrada em uma única matrícula ou transcrição no Cartório de Registro de Imóveis ou a área de posse contínua do mesmo titular. “Antes de fazer a declaração, o proprietário deve procurar a Prefeitura, e retirar uma certidão, declarando se a área está dentro ou fora do perímetro urbano”, lembrou Edi Maria.

Num segundo momento da reunião, à tarde, conforme o presidente da FAES, José Zeferino Pedroso, os presidentes dos Sindicatos Rurais tiveram a completa programação sobre o planejamento da entidade, em 2015.

Por sua vez, as entidades filiadas, com o roteiro em mãos, poderão também executar seus planejamentos para o ano que vem. Além disso, observou, os representantes dos produtores da região, terão um treinamento prático, de como preencher o Cadastro Ambiental Rural (CAR). “Os Sindicatos funcionam como elo entre a Receita Federal e os produtores. E essa orientação prática no preenchimento dos documentos será importante, no auxílio aos associados”, ressaltou.

Sobre o prazo para a declaração

O prazo para o envio da declaração do Imposto Territorial Rural (ITR) deverá começar em meados de agosto e vai até 30 de setembro. Em Santa Catarina, deve declarar a pessoa física que tenha imóvel rural em conformidade com o tamanho da área e as peculiaridades de cada município.

No caso das pessoas jurídicas, todas estão obrigadas a declarar, mesmo as imunes ou isentas, independentemente da extensão da área do imóvel rural. O programa de computador que gera a declaração do ITR está disponível no site da Receita Federal. O aplicativo poderá ser utilizado em qualquer sistema operacional, incluindo os considerados livres, como o Linux. Para isso, o contribuinte precisa instalar uma máquina virtual disponível no endereço do fabricante, fornecido pela Receita.

Segundo a Receita, está obrigado a apresentar a declaração o contribuinte pessoa física ou jurídica que, em relação ao imóvel rural a ser declarado, inclusive imune ou isento, seja, na data da efetiva apresentação, proprietário, titular do domínio útil ou possuidor a qualquer título, inclusive o usufrutuário.

Estão obrigados, inclusive, os proprietários que receberam imóveis dentro do programa de reforma agrária. Também deve declarar um dos condôminos quando, na data da efetiva apresentação da declaração, o imóvel rural pertencer simultaneamente a mais de uma pessoa física ou jurídica, em decorrência de contrato ou decisão judicial, ou a mais de um donatário, em função de doação recebida em comum.

Para mais informações sobre o ITR, o contribuinte deve consultar o site da Receita Federal.

Mais informações:
Associação Rural de Lages – Fone: (49) 3225 3802.
Assessoria de Imprensa
E-mail: pchagas@brturbo.com.br
Fone: (49) 9148 4045.

Adoção de técnicas ajuda na prevenção de perdas causadas pela geada

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No dia 21 de junho, se inicia o inverno e, a partir disso, ocorrem novos fenômenos da natureza que algumas vezes implicam na produção agrícola. Um deles é a geada, comum na região. O técnico agrícola do escritório municipal da Emater/RS-Ascar Alexandre Kreibich, esclarece algumas dúvidas sobre este fenômeno e repassa algumas dicas e técnicas para tentar evitar danos da geada sobre a produção agrícola.

A geada causa enormes prejuízos aos produtores rurais, pois seu efeito é repentino e implacável. Ainda existe, nos dias atuais, muita desinformação a respeito deste fenômeno. Segundo Kreibich, a geada está relacionada ao frio, ou seja, a temperaturas baixas. Os tecidos dos vegetais suportam quedas de temperatura até determinados limites. Em geral, este limite localiza-se próximo de 0°C, porém, depende de cada espécie assim como de uma série de outros fatores. Ultrapassado o limite, os tecidos do vegetal congelam e são destruídos, podendo, no caso mais extremo, matar a planta.

Técnicas de prevenção são de médio e longo prazos

Kreibich salienta que há diversas técnicas aplicadas na prevenção e no combate aos efeitos causados pela geada nas culturas agrícolas. Estas podem ser classificadas em preventivas e diretas. “Entre os métodos preventivos, há os de longo prazo, em geral, mais eficientes do que todos os demais e de médio prazo”, explica.

Técnico agrícola do escritório municipal da Emater/RS-Ascar

As medidas preventivas de longo prazo, conforme o técnico, são: cultivo em terrenos bem drenados, livres de acumulação de ar frio e, portanto, pouco propícios para a ocorrência de geadas; evitar o plantio em baixadas e encostas baixas, em espigões muito planos e extensos, em terrenos de configuração côncava, em bacias fluviais com gargantas estreitas a jusante da lavoura; não deixar vegetação alta e densa, como mata, abaixo da cultura; remover a mata das gargantas a jusante, pelo menos numa faixa de cerca de 100 metros de largura, formando um escoadouro para a saída do ar frio; deixar mata alta ou plantar árvores como o eucalipto ou outra espécie de porte alto acima das culturas, formando um renque bem fechado para evitar a entrada do ar frio no terreno cultivado; e, quando houver vales acima da cultura, manter a garganta entre estes vales o mais fechado possível com matas densas e altas, para evitar a entrada de ar frio. “Se possível, instalar açudes nestas gargantas a montante da cultura, que aquecem o ar frio durante a noite”, acrescenta.

Kreibich apresenta, ainda, as medidas preventivas de médio prazo: conservar o solo da cultura o mais limpo possível de mato e palha durante os meses de inverno. Isto favorece a acumulação da energia solar pelo solo durante o dia, fazendo com que a temperatura caia menos durante a noite; e, limpar as baixadas sujas a jusante da cultura; manter a cultura bem tratada e adubada, principalmente com potássio, pois plantas mais vigorosas resistem melhor à geada. “Existem hoje também métodos diretos, por meio do sistema mecânico, entre os quais vale destacar o método de nebulização com máquina termonebulizadora”, frisa.

Fonte: http://www.cidasc.sc.gov.br/

Perspectivas positivas para empresas que atuam com carnes bovina e suína

As companhias que atuam no segmento de carnes, especialmente bovina e suína, vivem momentos positivos, beneficiadas pela demanda na exportação

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E as perspectivas, de curto e médio prazo, são de que esse cenário persista, segundo avaliação de Adolfo Fontes, analista sênior da área de proteína animal do Rabobank Brasil.

“As empresas de bovinos estão vivendo um ótimo momento. O preço do boi está alto, mas as companhias têm conseguido repassar nas vendas nas exportações e para o atacado”, diz. Além disso, segundo ele, os frigoríficos têm obtido ganhos com agregação de valor, por meio de marcas e cortes especiais.

E o quadro é favorável também para os pecuaristas. Pelas projeções da área de análise do Rabobank, o preço do boi gordo, que na sexta-feira ficou em R$ 121,94, conforme o indicador Esalq/BM&F Bovespa, pode voltar a superar os R$ 125 por arroba no terceiro trimestre. A alta do boi teria potencial para puxar as cotações das outras carnes. O pico do preço aconteceu em março, quando bateu R$ 127 em São Paulo. “O boi está em alta por causa da oferta restrita em função da seca nos primeiros meses do ano e por causa da exportação crescente”, diz Fontes.

O Brasil tem ganhado espaço no exterior mesmo com as restrições parciais ou totais à carne nacional impostas por alguns países (Peru, Egito, Irã e Argélia) por causa do recente caso atípico de “vaca louca” registrado em Mato Grosso. Há, ainda, a restrição chinesa ao produto nacional, por conta do caso também atípico de “vaca louca” reportado no Paraná em 2012. Fontes lembra que as exportações têm crescido em função da redução da oferta em outros países, como EUA e Austrália, que têm registrado problemas climáticos nos últimos anos. Nos primeiros cinco meses de 2014, o Brasil exportou 499,7 mil toneladas de carne bovina in natura, 14,2% mais que no mesmo intervalo de 2013.

A projeção da instituição financeira é que as exportações de carne bovina cresçam 15% em volume este ano. Em 2013, o Brasil embarcou 1,5 milhão de toneladas do produto. Fontes também acredita que os EUA devem abrir seu mercado à carne bovina do Brasil este ano, apesar da resistência da indústria americana. No fim de dezembro, o Serviço de Inspeção Animal e Vegetal (Aphis) do USDA colocou em consulta pública, já finalizada, uma proposta sobre a importação de carne brasileira in natura de 14 Estados. Mas a decisão final do USDA ainda não saiu.

Para a carne suína, o Rabobank prevê que as exportações brasileiras fiquem estáveis em relação a 2013, quando somaram 517 mil toneladas.

Mas o quadro também é favorável aos exportadores brasileiros que têm conseguido vender a preços mais altos. Em maio, o preço médio da carne suína exportada subiu 22,5% sobre igual mês de 2013, para US$ 3.382 por tonelada. A elevação é reflexo da diarreia epidêmica suína (PED) que afeta a produção nos EUA, México, Canadá, Peru e Colômbia, além de Japão e Coreia do Sul, e que deve reduzir a produção global neste e no próximo ano. Para os EUA, a previsão é de retração de 6%.

Conforme Adolfo Fontes, neste primeiro momento as exportações brasileiras não foram favorecidas pela doença, uma vez que os EUA exportam para mercados em que o Brasil ainda não está. Mas as vendas para a Rússia estão sustentadas porque aquele país embargou a carne suína da Europa após surto de febre suína africana na Polônia e Lituânia. Contudo, a exportação não cresce tanto, acrescenta, porque a Ucrânia – um importante cliente do Brasil – vive uma crise política que paralisou o país. Os números dos primeiros cinco meses do ano mostram uma queda de 4% nos volumes exportados, para 161,8 mil toneladas, o que se deve ao mercado interno aquecido, conforme a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

Para o analista do Rabobank, a epidemia de PED “abre oportunidades de médio prazo” para o Brasil. Ele cita o México, país que tem sofrido com a doença. Em 2013, depois de um surto de gripe aviária, o México fez um acordo sanitário emergencial com o Brasil e passou a comprar carne de frango nacional. Fontes observa, porém, que o Brasil não tem muito espaço para elevar suas exportações de carne suína, já que a produção está ajustada à demanda.

Além de preços favoráveis na exportação, outro fator deve beneficiar o segmento de suínos. A expectativa é de queda nos custos de produção, já que o preço do milho deve cair no segundo semestre, afirma Fontes. “O impacto da seca [no início do ano] no milho foi superestimado”, diz.

O segmento de frango também deve ser beneficiado pela queda esperada dos preços do milho no segundo semestre. Fontes destaca que o desempenho das exportações tem sido vital para a formação dos preços domésticos e para o desenvolvimento da produção. Nos primeiros cinco meses do ano, os embarques somaram 1,606 milhão de toneladas, 1,4% a mais do que no mesmo período do ano passado. A previsão do Rabobank é que as vendas externas cresçam 3% a 4% sobre 2013, quando totalizaram 3,891 milhões de toneladas. Um mercado que pode favorecer o Brasil é a China, que sofre com surtos de gripe aviária.

No mercado interno, o quadro é favorável às carnes no curtíssimo prazo, em razão da Copa do Mundo. A previsão é de aumento dos churrascos nos dias de jogos do Brasil.

Fonte: http://www.portaldoagronegocio.com.br/

SC segue como único do país livre de aftosa sem vacinação

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O Estado de Santa Catarina segue com o título de único do país livre de aftosa sem vacinação. A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) renovou a certificação catarinense e reconheceu mais oito Estados brasileiros livre da doença com vacinação.

A entrega dos certificados ocorreu no dia 26 de maio, em Paris. O secretário de Estado da Agricultura, Airton Spies, e o diretor de Defesa Agropecuária, Roni Barbosa, representaram SC no evento.

A Febre Aftosa

É uma doença causada por um vírus que ataca, principalmente, os bovinos. Pode aparecer também em suínos e, de forma menos grave, em ovinos e caprinos. O animal pega a doença respirando o ar de locais onde tem animais doentes e pelo contato com estes. Também pode ser contaminado ao comer ração ou beber água contaminada. Por pessoas que tiveram contato com animais doentes, as quais podem transmitir o vírus para os animais sadios. Por veículos que passarem por locais onde tinham animais doentes, trazendo a doença para dentro da propriedade em questão.

Como identificá-la?

O bovino tem aftas (bolhas com líquido dentro) na boca (lábios, língua, céu da boca). Quando essas aftas se rompem aparecem úlceras que ficam em “carne viva”. As lesões na boca fazem o animal babar muito. Eles raramente conseguem se alimentar e devido a isto, emagrecem muito, consequentemente, nas fêmeas, a produção de leite cai drasticamente. As bolhas podem acontecer entre os cascos e nos tetos também, essas feridas por sua vez fazem o animal mancar.

Como evitá-la?

– Evite a entrada de veículos e pessoas estranhas na área de criação de animais.

– Nunca alimente suínos com restos de alimentos.

– Só compre ou tome emprestado bovinos identificados com os brincos da CIDASC, eles são a garantia de qualidade, pois são catarinenses.

– Identificar e manter bovinos e bubalinos com brincos da CIDASC também é fundamental.

– Os brincos são o seu documento de posse e garantia de que os animais sejam catarinenses.

– Mantenha seu cadastro atualizado na CIDASC.

Faça sua parte para manter Santa Catarina livre dessa febre!

Fonte: http://www.cidasc.sc.gov.br/

Projeto de lei que torna abigeato crime grave deve ser aprovado nas próximas semanas

Texto propõe pena de dois até oito anos de prisão para quem furta e abate animais de forma ilegal

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Um projeto de lei que torna mais grave o crime de abigeato deve ser aprovado nas próximas semanas, atualmente a prática é considerada como furto simples. O texto propõe pena de dois até oito anos de prisão para quem furta e abate ilegalmente animais, além de responsabilizar quem vende o produto.

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil não tem dados conclusivos e nacionais sobre o abigeato. De acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), produtores do Centro-Oeste têm relatado ocorrências e se mobilizado para reforçar a segurança nas fazendas. Para o assessor técnico da entidade, Paulo Mustefaga, é fundamental que os Estados disponibilizem recursos para combater o crime.

– A segurança pública e o policiamento não chegam com a facilidade que tem na zona urbana. É necessário que haja um engajamento efetivo tanto do governo federal quanto dos governos estaduais no intuito de aparelhar melhor as delegacias contra os crimes rurais pra que possam assistir melhor os produtores em relação a esses crimes – diz Mustefaga.

No Rio Grande do Sul, um dos Estados que mais sofre com o abigeato, houve quase sete mil casos em 2013. Há um ano, um comitê formado por órgãos estaduais reforçou a fiscalização. O resultado foi a redução em 15% no número de crimes.

– É fundamental que os produtores rurais procurem as autoridades policiais para registrar esses furtos. Só assim poderemos fazer um planejamento melhor das ações, uma vez que nós vamos ter dados qualificados, estatísticas confiáveis que vão possibilitar um diagnóstico do que realmente acontece no Estado em termos de subtração de animais. Não é só a questão patrimonial do produtor, temos uma questão fundamental no que diz respeito a direito do consumidor, segurança alimentar e saúde da população. O abate clandestino provoca grandes riscos à saúde da população – enfatiza o secretário do Comitê de Enfrentamento ao Abigeato/RS, Carlos Sant’ana.

– Vamos ser rígidos com quem transporta esse produto também. Todos os envolvidos serão responsabilizados. É importante para pecuária brasileira e do Estado, onde trabalhamos muito esse tema, principalmente na região de fronteira, Campanha, zona sul. Teremos um componente de redução de prejuízo – diz o deputado Estadual Afonso Hamms.

Fonte: http://pecuaria.ruralbr.com.br/