Suplementação alimentar continuada é alternativa para ganho de peso nos rebanhos

As condições da fazenda, as pastagens disponíveis e os objetivos da produção pecuária são fatores que devem orientar a opção por suplementar ou não a nutrição bovina.

A suplementação alimentar animal é oferecida apenas durante os períodos de seca e escassez de pasto em muitas fazendas. O ideal, porém, seria que o suplemento fosse disponibilizado o ano todo (ou durante o maior período possível). É um ajuste do sistema de produção. A suplementação vem como uma ferramenta para ajudar a atingir alguns objetivos produtivos, que precisam ser bem definidos. É um investimento que o produtor faz para manter o desempenho constante do rebanho.

A suplementação bovina pode ser utilizada para que os machos atinjam a idade de abate aos 24 meses, chegando a aproximadamente 480 kg – cerca de 17 arrobas – nesse período, reduzindo em até um ano o tempo levado para o abate (em comparação com animais não suplementados). É possível usá-la também para aumentar a precocidade das fêmeas, permitindo que elas cheguem ao peso e tamanho corporal adequados para a reprodução (o que, de acordo com o pesquisador, ficaria em torno de 350 kg ou 12 arrobas) aos dois anos de idade. Se, ao final da estação de monta, a vaca estiver vazia, a estratégia é mandá-la para o abate, já que o animal vai ter a condição corporal adequada.

É preciso estudar a produção como um todo para se definir se o objetivo é promover o ganho de peso dos animais ou aumentar sua precocidade. Depois, é necessário avaliar as alternativas para atingi-los, que envolvem não só a suplementação, mas técnicas como o manejo dos animais, disponibilidade de alimento e lotação nas pastagens. Caso a suplementação seja uma opção adequada, o pesquisador sugere o uso de um suplemento proteico energético mineral (como a mistura entre o milho, farelo de soja, amireia e um núcleo mineral) para corrigir o que falta no pasto para os rebanhos e garantir um lote uniforme, bem-acabado.

 

Fonte: Embrapa. Disponível em: <https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/26183358/suplementacao-alimentar-continuada-e-alternativa-para-ganho-de-peso-nos-rebanhos> Acesso em: agosto de 2017

 

Chuva no Sul favorece produção do trigo

Depois de um longo período de tempo seco e de calor, as chuvas voltaram à Região Sul e vão favorecer as plantações de trigo. Com a umidade, muitas plantações vão sair de uma situação crítica. Mesmo assim, ainda existem preocupações pela frente. “A chuva foi muito positiva. Muitas lavouras estavam na fase de adubação nitrogenada, que é uma etapa que exige certa umidade, e a chegada das chuvas ajudou muito os produtores. A situação melhorou substancialmente” afirma Gilberto Cunha, pesquisador da Embrapa Trigo.

Os produtores da região sofreram principalmente com o clima de inverno, que afeta diretamente a produção. “A chuva irregular freou o desenvolvimento de algumas plantações, mas o tempo seco fez com que houvesse menos aparecimento de doenças. Não se pode falar em comprometimento da safra”, diz.

O pesquisador ressaltou que, apesar do bom momento, há ainda receio quanto à influência do clima em um futuro próximo. “A preocupação maior está em geadas e chuvas no período de setembro a outubro. Nessa época as lavouras estão em fase de espigamento e esses fenômenos podem causar doenças difíceis de curar”, completa.

O meteorologista da Climatempo Alexandre Nascimento, adianta que a tendência é de  chuva nos dois próximos meses, porém não por longos períodos consecutivos.Nascimento explicou ainda que os sistemas de alta pressão, que são associados às frentes frias, não estão tão fortes quanto os do ano passado. “ A expectativa é a de que não haja grandes geadas. Se houver, será algo muito pontual, então não deveremos ter grandes perdas”, conclui.

A Companhia Nacional de Abastecimento – Conab divulgou no dia 10 de agosto os números da 11ª e penúltima estimativa da safra atual de grãos 2016/17. Os dados indicam uma possível redução na área de trigo (13,6%). Isso representa 1,83 milhão de hectares, contra 2,1 milhões da safra passada. Com isso, a produção deve recuar 22,8% e chegar a 5,2 milhões de toneladas frente as 6,7 milhões de 2016.

 

Fonte: CIDASC. Disponível em: <http://www.cidasc.sc.gov.br/blog/2017/08/16/chuva-no-sul-favorece-producao-do-trigo/> Acesso em: julho de 2017>

Exportação de soja do Brasil até agosto já supera total registrado em 2016

As exportações de soja em 2017 pelo Brasil, maior exportador global da oleaginosa, já superam os embarques registrados em todo o ano passado, de acordo com dados parciais de agosto divulgados nesta segunda-feira pela Secretaria de Comércio Exterior – Secex.

Até a segunda semana de agosto, o Brasil havia exportado 53,37 milhões de toneladas de soja, ante 51,58 milhões de toneladas de janeiro a dezembro de 2016, segundo dados da Secex e do Ministério da Agricultura.

Nas duas primeira semanas de agosto, conforme a Secex, as exportações somaram 2,424 milhões de toneladas de soja, o principal produto de exportação do país.

As exportações maiores ocorrem após a colheita de uma safra recorde no país, de 114 milhões de toneladas em 2016/17, ante 95,4 milhões na temporada anterior, atingida pela seca.

As exportações, pelos dados do governo, estão perto de superar o recorde histórico de 54,3 milhões de toneladas, registrado em 2015.

A Abiove, que representa a indústria de soja do Brasil, estima as exportações do produto em 64 milhões de toneladas.

Isso significa que um volume de cerca de 10 milhões de toneladas de soja ainda disputará espaço com o milho nos terminais de exportação nos próximos meses –essa questão é apontada por alguns analistas como um dos fatores para os embarques de cereal ainda não estarem mais acelerados.

As exportações de milho nas duas primeiras semanas de agosto somaram 1,77 milhão de toneladas, o que leva o total no acumulado do ano para 7,30 milhões de toneladas.

A Anec, que representa os exportadores de cereais, estima os embarques do cereal do país em 30 milhões de toneladas em 2017, o que representaria uma recuperação importante ante o ano passado, quando somaram 21,8 milhões de toneladas.

O Brasil é o segundo exportador global de milho, atrás dos Estados Unidos, segundo dados do Departamento de Agricultura dos EUA – USDA.

 

Fonte: CIDASC. Disponível em: <http://www.cidasc.sc.gov.br/blog/2017/08/15/exportacao-de-soja-do-brasil-ate-agosto-ja-supera-total-registrado-em-2016/> Acesso em: julho de 2017

Boas práticas para a vacinação de bovinos

Por que, como, onde vacinar e dicas para sempre acertar

O Brasil continua despontando como grande fornecedor de proteína animal para o mundo, com ganhos de produtividade no campo. Estudos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) revelam que, no período de 2000 a 2015, a produção de carne teve incremento de 45%, enquanto o rebanho bovino de corte cresceu 25%.

O aumento nas taxas de exportação de carne bovina foi devido, dentre outros fatores, aos programas de controle epidemiológico para doenças de notificação obrigatória. Dentre as medidas propostas nestes programas, a vacinação sistemática preventiva, seguindo o calendário definido pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA), torna o uso de vacinas um manejo rotineiro nas propriedades.

No próximo mês de novembro, 150 milhões de cabeças deverão ser vacinadas, alguns estados de mamando a caducando e outros estados somente animais com mais de 24 meses. Segundo o Diretor Técnico da JBS, Bassem Sami Akl, ainda é frequente encontrarmos problemas na carcaça decorrentes de reação vacinal proveniente de vacinação incorreta ou mal aplicada.

Segundo os dados da JBS, 30% dos animais abatidos apresentam reação vacinal e destes 30%, 50% é proveniente de vacinação em local incorreto ou mal aplicação da vacina.

Mas, vamos entender melhor alguns pontos importantes como: por que vacinar, como e onde vacinar, erros comuns na vacinação e consequências, importância da vacinação correta para o pecuarista, indústria e consumidor final.

Porque vacinar

Segundo Ministério da Agricultura, o Brasil ainda segue na luta contra a febre aftosa em busca de nos tornarmos um país livre da doença.

A Febre Aftosa é uma doença viral altamente contagiosa, é resistente à congelamento e somente se torna inativo em temperaturas superiores à 50°C. A doença traz inúmeras perdas econômicas aos rebanhos pois o vírus é facilmente disseminado, podendo permanecer vivo inclusive na pastagem.

Carne e produtos derivados com pH acima de 6,0 também conservam o vírus. Bovinos vacinados expostos à doença ou infectados e não abatidos conservam o vírus por 30 meses ou mais. A boa notícia é que a Febre Aftosa não representa risco para a saúde humana, não é transmitida pelo consumo de carne e derivados.

Cuidados com a vacina

As vacinas devem ser conservadas de acordo com as instruções do fabricante, por isso, ler o rótulo é sempre importante. As recomendações são de que as vacinas sejam armazenadas em temperatura entre 2 e 6 graus, em geladeiras domésticas e levadas até o local de vacinação em caixas com gelo, para que permaneçam em temperatura adequada durante todo processo de vacinação. Vale ressaltar que o congelamento ou o excesso de calor inutilizam a vacina, tornando-a ineficaz.

transporte das vacinas do fornecedor até a fazenda também deve seguir a regra de manutenção da temperatura entre 2 e 6 graus.

Cuidados na vacinação

A aplicação correta da vacina influencia no resultado e garante a saúde do rebanho. Uma boa resposta vacinal depende da qualidade da vacina, da resposta imune do animal e do processo de vacinação, que deve ser feito corretamente.

Um ponto primordial é adquirir produtos confiáveis (fabricantes idôneos), de alta qualidade, eficácia e segurança. Os pecuaristas devem sempre consultar um médico veterinário.

Não é recomendado vacinar animais doentes, debilitados e estressados (ex.: estresse de transporte e desmame).

O processo de vacinação deve ser conduzido de uma maneira tranquila, de preferência nos horários mais frescos do dia.

De acordo com o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) alguns cuidados são essenciais:

  • A dose a ser aplicada em cada animal deve ser aquela indicada no rótulo da vacina. Uma dosagem menor do que a indicada pelo fabricante não vai oferecer aos animais a proteção desejada;
  • Limpar e desinfetar a seringa e ferver as agulhas antes da aplicação;
  • Manter a pistola dentro da caixa de isopor, quando não estiver em uso;
  • Utilizar agulhas 15×18 para aplicar vacina oleosa (subcutânea) e agulha 20×18 para aplicar vacina oleosa (intramuscular);
  • Agitar o frasco de vacina toda vez que for encher a seringa;
  • Certificar-se de que o conteúdo da seringa contém a dose certa (5 ml) e que não existem bolhas de ar;
  • Aplicar a vacina na tábua do pescoço pela via subcutânea (debaixo da pele) ou intramuscular (dentro do músculo) tendo o cuidado de manter a seringa na posição inclinada, quase em pé, com a agulha apontada para baixo;
  • Anotar os animais vacinados por faixa etária e sexo;
  • Os horários ideais para a aplicação são o início da manhã e o final da tarde.

Como minimizar a reação vacinal

A formação de um pequeno caroço na região onde foi aplicada a vacina contra a febre aftosa é comum e está ligada à resposta imunológica do animal. O animal deve ser bem contido para facilitar o serviço da vacinação e evitar lesões ao aplicador e ao animal.

Com relação às reações indesejáveis da vacina, a mais comum e visível é a formação de um calombo ou caroço no local da aplicação. Esta reação é comum, e, principalmente em animais muito jovens, pode prejudicar a mamada pelo desconforto provocado.

A formação do caroço é uma reação inflamatória e tende a reduzir com o tempo. Esta reação pode se complicar nos casos de aplicações realizadas em condições de higiene inadequadas quando há risco de ocorrem infecções bacterianas secundárias sujeitas ao agravamento pela formação de miíases. Para evitar que isso aconteça basta seguir as recomendações de limpeza do local da aplicação, agulha certa, desinfetada e trocada com frequência.

A intensidade da reação vacinal está ligada a fatores de hipersensibilidade e isso depende de cada indivíduo.

Erros comuns na vacinação

A falta de cuidado no manejo do rebanho e nos procedimentos de vacinação pode implicar no aumento dos níveis de estresse dos animais, promovendo uma resposta negativa de seu sistema imunológico a vacinação, reduzindo a sua eficiência.

vacinação mal realizada também pode resultar em uma série de respostas nos animais tais como: taquicardia, dificuldade na respiração, inflamações no local da aplicação da vacina, gerando abscessos (nódulos), danos teciduais, infecção local ou sistêmica, infecção congênita em vacas prenhas, reação de hipersensibilidade a vacina.

Alguns dos erros mais comuns na vacinação são:

  • Vacinar os animais cansados e estressados;
  • Realizar o processo de vacinação com pressa, com os animais em movimentação extrema;
  • Realizar a vacinação em locais não adequados como: Cupim, Picanha, Lombo, Acém;
  • Não manter as vacinas em temperatura adequada e não utilizar equipamento limpo e adequado, entre outros.

Consequências dos erros de vacinação

De acordo com Bassem, diretor técnico da JBS , de todos animais abatidos na empresa, cerca de 30% apresentam reações vacinais e destes, 50% são abcessosprovenientes de práticas de vacinação incorreta.

Quando a indústria detecta uma lesão é necessário que se faça a remoção da área atingida, porém, como a vacinação é realizada de maneira intramuscular, muitas vezes a reação vacinal não é detectada no abate, outras vezes, nem na desossa, e quem encontrará esta reação é o consumidor final, que terá uma aversão ao produto, pois tem um aspecto extremamente desagradável, denotando um certo descaso.

De acordo com um estudo realizado pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), quando as carcaças afetadas foram submetidas ao toalete foi retirado em média 1,8 e 2,0 kg de músculo da área afetada.

Ainda segundo o estudo conduzido em 2014, o prejuízo econômico da propriedade de origem dos bovinos afetados foi de R$ 20.424,00, considerando o preço pago pela arroba do boi no mês e ano da ocorrência. Esses valores à época seriam suficientes para adquirir 29,17 bezerros desmamados para engorda.

Seguindo as dicas e os passos você garante a imunização do rebanho e evita perdas econômicas em decorrência da retirada de abcessos no abate.

Reprotec teve impacto na renda dos pecuaristas

O Projeto Rede de Propriedades de Referência Tecnológica (Reprotec) foi desenvolvido em 2011 por Pesquisadores e Extensionistas da Epagri de Lages, Embrapa Pecuária Sul, Fapesc e Associação Rural de Lages, com objetivo de desenvolver a pecuária de corte. Uma atividade tradicional que faz parte da história e fundação e que ainda não foi desenvolvida em sua plenitude na região serrana.

Com a implantação do projeto em propriedades de Bom Jardim da Serra, São Joaquim, Painel, Capão Alto, Lages e São José do Cerrito, foi possível dobrar a produção de terneiros e de boi gordo. Esse foi o mote do projeto: tecnologias adaptadas para cada propriedade.

Os novos números impactaram diretamente na renda dos pecuaristas da região, pois eles tiveram um trabalho de base nas propriedades com acompanhamento técnico e também dos custos e no gerenciamento do processo produtivo. “Esse impacto foi medido durante os cinco anos de acompanhamento do projeto”, completa.

O resultado desse trabalho está no livro Pecuária de Corte, Vocação e Inovação para o Desenvolvimento Catarinense. O desafio foi justamente mostrar que é possível ter uma renda maior quando se investe em tecnologia na pecuária de corte. “A pecuária de corte ainda é a última grande cadeia produtiva de Santa Catarina a ser desenvolvida e tem muito a trazer renda pro estado com tecnologias simples”, afirma.

Santa Catarina é um estado diferenciado em relação à produção de pecuária de corte brasileira. O rebanho catarinense e o tamanho das propriedades são pequenos comparado com outros estados como o Mato Grosso. “Esses ganhos múltiplos do sistema fizeram com que os índices evoluíssem na Serra Catarinense, mas ainda sim, exigem empenho no manejo sanitário, rebanho, pastagem e reprodução, para diferenciar a pecuária catarinense pela qualidade.“ O desafio é massificar isso pra que mais gente possa ganhar dinheiro com pecuária de corte”, argumenta.

 

 

 

Fonte: Correio Lageano. Disponível em: <http://www.clmais.com.br/informacao/107416/pecu%C3%A1ria-de-corte:-uma-atividade-aquecida-na-serra-catarinense> Acessado em julho de 2017

Cultivares de soja da Embrapa destacam-se em ranking de produtividade

Diversas cultivares BRS tiveram ótima colocação no ranking de produtividade realizado pela Coopavel no Show Rural em 2017. Os maiores destaques foram para as cultivares de soja BRS 1003IPROBRS 1007IPRO. A Edição 415, de maio de 2017, da Revista Coopavel publicou o resultado da produtividade das cultivares das empresas expositoras no evento, realizado em Cascavel, PR. A cada ano, após a realização do Show Rural, as cultivares têm suas produtividades analisadas.

As cultivares de soja BRS 1003IPRO e BRS 1007IPRO apresentaram produtividades de 6.181 e 6.038 Kg/ha, respectivamente, para plantio em primeira época. Além destas, a cultivar BRS 413RR foi classificada em segundo lugar no ranking de produtividade de segunda safra, entre as 23 cultivares analisadas no evento.

Destaque no RS – Outra cultivar de soja da Embrapa, a BRS 7380RR, teve uma ótima eficiência produtiva no Rio Grande do Sul, comprovada em ranking realizado pela Prover Informação Produtiva, empresa que realizou o levantamento nas regiões de Alegrete, Jaguarizinho, São Gabriel e Vila Nova do Sul.

Mesmo recomendada para produção no Cerrado brasileiro, a cultivar destacou-se nos ensaios de produtividade realizados pela empresa, tendo atingido a média de 62 sacas/ha. Para Rafael Vivian, gerente adjunto de mercado da Embrapa Produtos e Mercado, este resultado é muito importante, pois mostra a alta qualidade genética das cultivares BRS, bem como a capacidade de adaptação às diversas regiões, mantendo sempre a estabilidade produtiva.

Acesse aqui a Revista Coopavel.

 

Fonte: Embrapa. Disponível em: <https://www.embrapa.br/noticias-rss/-/asset_publisher/HA73uEmvroGS/content/id/25173575> Acessado em agosto de 2017.