Ferrageamento de equinos exige paciência dos criadores

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Cavalos podem ter trauma e o manejo é a melhor maneira de evitar o estresse animal

O casqueamento e ferrageamento são importantíssimos para proteger os cascos dos animais. Eles devem ser feitos a cada 30 ou, no máximo, 60 dias. Mas é possível que depois de alguns procedimentos, o cavalo não aceite mais o procedimento.

Foi o que aconteceu com o mangalarga marchador de 9 anos do telespectador Wagner dos Santos, de Feira de Santana (BA). Ele escreveu para o Jornal da Pecuária e o quadro Conversa de Curral desta semana foi conversar com o médico veterinário Divagno Barcelos, do EquiSportCenter, de Uberaba, no Triângulo Mineiro. O veterinário disse que vai ser preciso ter muita paciência para resolver o problema.

– Dr. Divagno, o que pode ter acontecido para esse animal não aceitar mais ferrageamento nos posteriores?

Divagno Barcelos: Na minha opinião, e na opinião de vários ferreiros que trabalham aqui, a parte de condicionamento desses animais para esses procedimentos é muito importante. Penso que, de alguma maneira, esse animal pode não ter sido condicionado a ser submetido a esse tipo de serviço. Como a gente condiciona? Desde novo deve ser manipular esses animais, escovando-os para tirar a famosa cócega. Quanto ao cavalo, a gente tem que lembrar que na natureza é uma presa, então ele está sempre pronto para se defender de coisas que ele julga que não são uma coisa casual, uma coisa que acontece direto.

– E agora, como fazer para corrigir o medo que este animal sente do ferrageamento?

Divagno Barcelos: Eu diria que a gente vai ter que voltar à primeira fase. Vamos escovar esse cavalo, vamos escovar essa mão, vamos escovar esse pé, mostrar a ele que não tem nada de mal acontecendo. Depois que ele já estiver aceitando essa parte de escova, a gente começa a levantar o pé dele. A partir do momento em que ele aceitar levantar o pé e manter seu casco limpo virar uma rotina, o manejo vai evoluindo, até que ele vai aceitar ser ferrado. Algumas pessoas até apelam para sedação do animal para fazer o ferrageamento, mas eu, como médico veterinário, não concordo, porque a partir do momento que você sedou, ele vai deixar porque ele está dopado. Então, não é um processo de aprendizado.

– O Wagner fala que ele aceita ser casqueado e não ferrageado…

Divagno Barcelos: O casqueamento é uma coisa menos brusca. O ferrageamento envolve marteladas e cravos. Aí, o próprio impacto recebido nesse casco é um impacto diferente do casqueamento. Então, pode ser nesse momento de barulho. A gente pode tentar nessa fase, também, pôr um algodão no ouvido para tirar um pouco desse barulho. Pode tentar ferrar com dois cravos de cada lado, ao invés de preencher todos os quatro de cada lado. É um processo… Então, é necessário ter paciência. É como eu digo, ensinar é uma coisa, tirar um trauma e ensinar é um pouco mais complicado.

Fonte: http://pecuaria.ruralbr.com.br/

Oferta menor eleva preço do leite em Santa Catarina

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Neste mês, alta será de pelo menos 6,7% para o produtor rural, aponta Faesc

A base produtiva rural reduziu a oferta de leite, as indústrias estão processando menos matéria-prima e o volume geral de lácteos que chega ao varejo está menor. Como resultado, o preço do leite começa a subir.

Essa alta será – neste mês – de pelo menos 6,7% para o produtor rural e deve ter repercussão correspondente no preço final pago pelo consumidor, no varejo, de acordo com o vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), Nelton Rogério de Souza.

– Esse movimento é absolutamente normal para esta época do ano. Depois de cinco meses de queda era esperado que em março iniciasse a escalada de recuperação da renda daqueles que se dedicam à pecuária leiteira – expõe.

A conjugação de vários fatores resulta, a partir deste mês, na elevação do preço do leite recolhido nos estabelecimentos rurais. A seca que atingiu o oeste provocou queda de 20% na produção catarinense. As pastagens de verão já foram consumidas e o excesso de calor reduziu o volume de ingestão das vacas que, comendo menos, produziram menos leite. Agora, a temperatura começa a cair e a influenciar a produtividade do rebanho leiteiro.

As exportações de lácteos não cessaram e, por outro lado, as importações baixaram em face da valorização do dólar. Assim, é a redução da oferta de leite que faz o preço subir, assinala Nelton.

Os valores de referência dessa matéria-prima, projetados para o mês de março pelo Conselho Paritário Produtor/Indústria de Leite do Estado (Conseleite), confirmam aumento de 6,7%. De acordo com projeção do Conseleite, os valores de referência subiram 6,7%, no mês de março para o leite-padrão (R$ 0,8174 o litro), para o leite de qualidade acima do padrão (R$ 0,9400) e para o leite abaixo do padrão (R$ 0,7431).

Na segunda quinzena de abril, o Conselho volta a se reunir para anunciar os números definitivos de março e a nova projeção mensal. Embora tenha esses valores como referência negocial, o mercado – como de praxe – está praticando preços levemente superiores, em torno de R$ 0,90 por litro.

Santa Catarina é o quinto produtor nacional, o Estado gera 2,7 bilhões de litros por ano. Praticamente, todos os estabelecimentos agropecuários produzem leite, o que gera renda mensal às famílias rurais e contribui para o controle do êxodo rural. O oeste catarinense responde por 73,8% da produção. Os 80 mil produtores de leite (dos quais, 60 mil são produtores comerciais) geram 7,4 milhões de litros por dia.

Fonte: http://pecuaria.ruralbr.com.br/

Primeiro leilão de gado mostra reação nos valores

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O ano de 2014 está sendo considerado muito importante para os criadores catarinenses. A pecuária, tanto de leite, como de corte sustenta a necessidade de reação nos preços, pois, operam abaixo de praças como o Paraná e Rio Grande do Sul.

O potencial para crescimento foi ressaltado na abertura da temporada de leilões, pelo presidente da Associação Rural de Lages, Márcio Pamplona. Conforme ele, o leilão deste sábado (5), no Parque Conta Dinheiro, em Lages, serviu para se ter uma avaliação de como deve se comportar o mercado do agronegócio este ano no Estado. “O resultado não poderia ser melhor. A feira, foi muito valorizada pelo grande público, teve liquidez, e já mostrou reação dos preços”, salientou.

Com todos os lotes vendidos, A Feira de Gado Geral contou com cerca de 360 animais, e teve todos os lotes vendidos. O resultado foi considerado excelente. O faturamento de R$ 452 mil e 700 reais foi 50% maior em comparação com o evento do ano passado. Com relação ao preço médio, a alta chegou perto de 30%. Os principais lotes foram muito bem valorizados. A novilha de até 18 meses, obteve a média de R$ 4,45. Já a novilha de até 24 meses, R$ 4,83, sendo que pelo menos três lotes fecharam na casa dos R$ 2 mil, por cabeça. O boi, que abriu a tarde de leilões, atingiu a média de R$ 4,46. Na avaliação do leiloeiro Delamar Macedo, a venda fluiu fácil.

Ressaltou também a qualidade dos lotes e grande participação do público. Os compradores tiveram várias disputas de preços, surpreendendo até mesmo ele, que precisou segurar a última batida do martelo, diversas vezes. “Esta foi uma oportunidade única para algumas compras com preços ainda parecidos com os do ano passado. Daqui para frente, o comprador e o vendedor vão sentir uma forte ascensão nos lances, e a na valorização dos animais, em todos os arremates da região” concluiu Delamar.

Fonte: http://www.lagesrural.com.br/

Leilão de gado geral abre calendário de eventos da Associação Rural

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Neste próximo sábado, dia 5 de abril, a Associação Rural de Lages abre o calendário de eventos agropecuários na região, com a realização da Feira de Gado Geral, a partir das 14 horas, no Parque de Exposições Conta Dinheiro.

Para o único leilão do dia, estão sendo esperados cerca de 350 animais, entre bois, novilhas, vacas de engorde e vacas de cria. As inscrições animais estão sendo recebidas junto à sede da entidade promotora.

Conforme o presidente da Associação Rural, Márcio Pamplona, o evento deste sábado será uma espécie de “aperitivo” para a tradicional Feira do Terneiro e da Terneira, prevista para o dia 3 de maio de 2014. Por outro lado, também está cercada de expectativa, uma vez que o evento servirá de parâmetro dos preços que o mercado deve apresentar durante o ano. “Os preços dos animais em Santa Catarina não estão como gostaríamos. Mas nossa expectativa é de recuperação”, salienta Márcio.

Segundo explica o dirigente sindical, o mercado bovino no Estado está abaixo ou igual a outros mercados como o Rio Grande do Sul ou Mato Grosso do Sul. Em outros anos, pela diferenciação do status, livre da aftosa sem vacinação, Santa Catarina sempre teve um histórico acima da cotação. No entanto, o ano de 2014 está apenas começando e a expectativa é de recuperação e de que haja incremento nos preços que estão sendo trabalhados. “A Feira deste sábado já vai nos dar algum indicativo sobre como os preços deverão se comportar daqui para frente”, ressalta Márcio Pamplona.

Fonte: http://www.lagesrural.com.br/