Rendimento de carcaça é essencial para produzir carne de qualidade

img-not-rendimento-de-carcaca-e-essencial

Hoje há uma grande discussão entre criadores e o setor de abate sobre a qualidade da carcaça x baixos rendimentos. Os produtores têm reclamado das variações grandes nos rendimentos para animais de mesmo tipo, pesados em condições semelhantes na propriedade antes do embarque. Quanto maior a relação entre preço da arroba do boi paga ao pecuarista e o preço dos componentes da carcaça (dianteiro, ponta de agulho e traseiro) no atacado, maior o número de reclamações dos produtores sobre baixos rendimentos de carcaça.

Para evitar estes entraves, é importante ficar atento a alguns procedimentos. Um fator que afeta sua condição é a precocidade do cruzamento, ou seja, o tempo que o animal demora a atingir a puberdade. É neste período que o crescimento ósseo termina, reduzindo o desenvolvimento do músculo e intensificando a deposição de gordura na carcaça. O ideal é que a espessura de gordura subcutânea seja, pelo menos, de 2,5 a 3 mm. Só assim evita-se a desidratação, o escurecimento e a redução da maciez se exposta ao resfriamento. A idade é outro fator determinante. Quanto mais velho, mais ligações intra e entre moléculas do colágeno. Se, por um lado, elas conferem estabilidade à molécula, por outro acrescentam insolubilidade do colágeno. Ou seja, a carne fica mais dura.

A dieta que o animal recebe também deve ser bem elaborada. A melhora no desempenho é proporcional à quantidade de concentrados na ração. O aumento da proteína auxilia no acréscimo de gordura intramuscular, que confere suculência, aroma, sabor e maciez. Facilita no acabamento, responsável por evitar o encurtamento da carcaça pelo frio. Outra questão é o manejo pré-abate. É fundamental que o touro tenha acesso restrito a água e alimentos antes da pesagem, caso contrário, o aproveitamento do animal pode ser alterado.

Através de exames de ultrassonografia é possível identificar animais com uma estrutura adequada, auxiliando na estimativa de rendimento da carne a desossa. Elementos como área de olho de lombo (AOL), espessura de gordura (acabamento) e marmoreio, gordura entremeada na fibra, são fundamentais. Segundo Rafael Oliveira, gerente de Corte Zebu da Alta,“com a atual exigência do mercado consumidor, é importante determinar touros melhoradores que transmitam essas Diferenças Esperadas na Progênie (DEP), consideradas novas no universo da pecuária, porém muito importantes e promissoras”.

A melhor maneira de difundir esses quesitos é usando a inseminação artificial. “A inseminação é a maneira mais rápida de introduzir essas características de carcaça a um rebanho, pois ao usar touros com altas DEPs para marmoreio, AOL e espessura de gordura repetidas vezes, o cliente consegue fixar os genes e melhorar as características de carcaça”, conclui.

Fonte: http://www.portaldoagronegocio.com.br/

É cada vez maior a aceitação da carne dos Campos das Tropas

img-not-e-cada-vez-maior-a-aceitacao-da-carne-dos-campos-das-tropas

O mês de março marca o primeiro ano da inclusão da carne com padrão de qualidade produzida dentro dos pilares da sustentabilidade, ou seja, dentro de todas as normas ambientais corretas, além do justo conceito social e viável no campo econômico. A partir destas propostas nasceu o projeto de Produção Integrada dos Campos das Tropas, através de um forte grupo de produtores e terminadores que acreditaram no potencial de consumo de uma carne diferenciada, selada pela qualidade serrana.

Carcaças de animais de raças britânicas com idade média de dois anos passaram a chegar ao açougue de um único supermercado de Lages, o Mezzalira, todas as semanas, nas sextas-feiras e sábados.

O projeto criado pela Associação Rural de Lages, teve um começo, cercado de expectativa; envolto pelo temor da não aceitação. Na medida em que a comercialização foi se dando, a procura foi crescendo, e os cinco animais abatidos se tornaram poucos. O ano de 2014 começou com dez, além de outros três, cuja carne está sendo comercializada em Rio do Sul.

Conforme os criadores, para se chegar ao diferencial na qualidade é necessária a ação dos produtores, que controlam a criação, a recria, a terminação e o abate, deixando a comercialização para um parceiro do ramo. Os produtores sabem que o número de abate é pequeno.

Porém, já poderiam estar abatendo até 15 animais por semana, ou mais. Atualmente, trabalham com margens de sobra em várias propriedades, exatamente para não correrem nenhum risco de pecar na hora da entrega. A logística do produto tem absoluto controle de um cronograma.

Novos mercados estão surgindo, mas, o projeto funciona dentro do alcance do grupo de parceiros, que apostam no crescimento ordenado. Segundo a coordenadora do Projeto, reuniões, a exemplo da que ocorreu na manhã de sexta-feira (07/03), para discutir o andamento do projeto acontecem com frequência. Todas as preocupações e os próximos passos são abordados com seriedade, desde a terminação dos animais no pasto ou com suplementação, o transporte até o frigorífico, a entrega no supermercado, e finalmente, a procura pelo consumidor. Todas são questões que sempre têm atenção dobrada. “Entre nós costumamos dizer que em boi de primeira não tem carne de segunda. Depende da forma do uso de cada parte”, reforça Caroline.

Fonte: http://www.lagesrural.com.br/

Demanda externa por carne bovina brasileira seguirá forte, diz Marfrig

img-not-demanda-externa-por-carne-bovina-seguira-forte

Durante a Copa do Mundo, Brasil deve aumentar vendas de cortes especiais

O diretor presidente da Marfrig Global Foods, Sergio Rial, disse que a demanda por carne bovina brasileira no exterior seguirá forte e regulará os preços da carne no mercado interno.

– O Brasil hoje quase seleciona os mercados para quem quer exportar – disse Rial

Ele fez alusão ao momento adverso de fornecimento da matéria-prima pelos Estados Unidos e pela Austrália.

Ele também acredita que durante a Copa do Mundo haverá, no Brasil, um aumento das vendas de cortes especiais, onde a companhia está “bem posicionada” e que o Uruguai, onde a empresa é líder, também está se tornando um dos principais fornecedores de carne para o mundo. Hoje, o Uruguai representa entre 18% e 20% da receita das operações de carne bovina da Marfrig, a Marfrig Beef; a Argentina, 5% (com apenas uma unidade, a de Vila Mercedes, funcionando 100%) e o restante é Brasil.

Rial não quis comentar qual a expectativa para os preços do boi gordo no país, mas afirmou que enxerga atualmente uma indústria de carne bovina nacional mais racional, sem agressividades com relação à formação de valores. Segundo ele, mesmo com os preços recordes dos animais atuais, a empresa manteve sua rentabilidade, fruto de melhor gestão do capital de giro e de expansão de margens no mercado externo.

– A saída da BRF do mercado – com a transferência da gestão das operações de bovinos para Minerva – fortalece os três grandes operadores. Vemos também um grande número de pecuaristas competentes e que enxergam o mercado futuro – disse.

O executivo ainda comentou que a capacidade de abate de bovinos no país passou o primeiro semestre de 2013 abaixo dos 70%; ficou acima desse porcentual no segundo semestre e, em 2014 segue trabalhando para chegar aos 80%.

Fonte: http://pecuaria.ruralbr.com.br/

Acupuntura veterinária já está sendo aplicada em animais de diferentes portes para casos de dor

img-not-acupuntura-ja-esta-sendo-usada-em-animais

Segundo especialista, método também pode trabalhar como coadjuvante da terapia alopática

A acupuntura em animais foi reconhecida como uma especialidade da medicina veterinária. Indicada principalmente para os casos de dor, ela já está sendo aplicada tanto em animais de grande porte e de alto desempenho atlético, como em bichos de estimação.

– Tem a questão dolorosa como carro-chefe dos animais de performance. A acupuntura se encaixa muito bem nesse sistema porque um animal, por exemplo, em competição, pode fazer uso do tratamento da acupuntura sem sair em uma questão de doping muitas vezes – afirma o veterinário especialista em Acupuntura Animal, Roberto Zambrano.

Segundo o especialista, a acupuntura também pode trabalhar como coadjuvante da terapia alopática dos anti-inflamatórios, fazendo um ação catalisadora e melhorando a resposta da medicação frente ao processo de desequilíbrio do animal.

Zambrano é um dos pioneiros na especialidade. Há 12 anos fez pós-graduação em acupuntura na Universidade Estadual de São Paulo e vê com bons olhos o reconhecimento da atividade.

– Isso tem a fortalecer a medicina veterinária com mais uma especialidade. Tem a fortalecer o médico veterinário que trabalha com as agulhas porque o proprietário que contrata o especialista, ele tem a segurança que isso é realmente uma ciência, reconhecida por lei, colocando assim nas mãos do profissional o seu maior bem – declara Zambrano.

O Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) agora reconhece a acupuntura como uma especialidade da profissão. A concessão do título fica a cargo da Associação Brasileira de Acupuntura Veterinária.

– A partir do momento que o Conselho habilita a associação de uma determinada especialidade para conceder o título, ele está ajudando a regular também a formação desses profissionais. Esse profissional vai ter cumprido uma série de etapas em sua formação tanto comprovando o número de atendimentos nessa especialidade como em cursos com determinado número de horas-aula, então, ele teve uma formação diferenciada. Ele se submeteu a um exame teórico-prático organizado por uma associação que também regula a especialidade. Então, a partir do momento que ele é aprovado e habilitado pela associação, o Conselho vai homologar esse título de especialista. Isso garante que ele teve uma formação diferenciada. Para a sociedade, isso garante que ela tem a sua disposição um médico veterinário que tem uma formação complementar bastante ampla na especialidade em que atende – relata o conselheiro do CFMV, Marcello Rodrigues.

Segundo Rodrigues, a lei que disciplina a profissão de médico veterinário, confere ao profissional o direito de praticar todas as especialidades da medicina veterinária.

– O especialista é uma pessoa que teve uma formação mais direcionada e mais lapidada para determinada especialidade, o que não quer dizer que as pessoas que hoje pratiquem acupuntura estão de maneira alguma fora da lei – diz Rodrigues.

Fonte: http://pecuaria.ruralbr.com.br/

Agricultura irrigada terá descontos especiais na tarifa de energia elétrica

img-not-agricultura-irrigada-descontos-especiais-tarifa-energia-eletrica

Nova proposta pode beneficiar ainda mais o setor produtivo

O Projeto de Lei do Senado nº 383 de 2011, que garante ampliação nos descontos especiais das tarifas de energia elétrica para agricultura irrigada e aquicultura, foi aprovado pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA).

Atualmente, a tarifa especial de energia para irrigação e aquicultura é concedida às unidades consumidoras que realizem o consumo entre 21h30min (vinte e uma horas e trinta minutos) e 6h (6 horas) do dia seguinte. A lei nº 10.438/2002 prevê a possibilidade de expansão desse horário em mais 40 horas, a critério das concessionárias e permissionárias de distribuição de energia elétrica. Pelo texto aprovado, o desconto poderá ser concedido a qualquer hora do dia.

A nova proposta pode beneficiar em muito o setor produtivo com a redução dos custos do principal insumo para o uso da irrigação, a energia elétrica. “Ampliando-se o horário de irrigação, os produtores rurais poderão irrigar uma área maior com a mesma vazão captada ou reduzir a potência instalada dos sistemas de irrigação e o consumo de energia, já que o seu uso não ficaria mais concentrado no período noturno. Essa seria uma contribuição à expansão da agricultura irrigada no país”, afirma Miguel Ivan, secretário nacional de Irrigação do Ministério da Integração Nacional.

O projeto ainda determina que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) definam as atividades de irrigação e aquicultura que serão beneficiadas pelo desconto, independentemente do horário em que ocorrer o consumo de energia.

A proposta segue agora para análise da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal, em decisão terminativa.

Fonte: http://www.faesc.com.br/