Nova ferramenta dará mais garantia a quem vende animais

Há muito tempo a Federação da Agricultura do Estado de Santa Catarina e Sindicatos Rurais buscavam uma maneira de garantir aos vendedores de gado em eventos oficiais, mais segurança nas transações. Depois de algumas reuniões com a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) acaba de ser criada a Guia de Trânsito Animal (GTA) com Reserva de Domínio. A nova ferramenta irá bloquear a revenda do animal adquirido em leilão, através de um controle dos brincos junto ao programa de identificação. Resumidamente, o comprador só poderá fazer nova comercialização, ou seja, revender os animais, somente depois de quitar qualquer pendência financeira existente.

Conforme explica o presidente da Associação Rural de Lages, Márcio Pamplona, o comprador terá a posse e domínio dos animais adquiridos, mas, ao mesmo tempo, alienados, até a quitação. A medida é para evitar qualquer situação de má fé que possa existir nas transações de eventos oficiais. O risco é mínimo, mas existe. “A partir de entendimento com a Cidasc, as adequações no sistema de controle das GTAs já estão sendo providenciadas, para que possam ser lançadas e praticadas na Expolages 2015”, ressalta o dirigente.

 

Mais informações: Associação Rural de Lages – Márcio Pamplona – Fone: (49) 3225 3802

Brasil deve ser maior produtor de carne bovina em cinco anos

Investimento com acesso à tecnologia e ao crédito são importantes para que país atinja a marca

O Brasil pode se tornar o maior produtor de carne bovina em cinco anos. De acordo com Fernando Sampaio, diretor-executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Fernando Sampaio o país já vem sofrendo um processo acelerado de  intensificação  da produção nos últimos quinze anos.

– E quando a gente fala que acelerou é que é possível produzir mais por hectare, o que depende basicamente de reforma de pastagem, e que é possível produzir mais carne por animal e ai a gente está falando de genética aliada a nutrição e sanidade – disse o especialista.

Ele ressaltou que para isso é necessário que o produtor tenha mais acesso ao crédito e à tecnologia para fazer o investimento necessário para o aumento da produtividade.

O especialista não acredita que seja preciso que o Brasil mude a forma de criação mais comum no país, que é o boi criado a pasto.

–A produção no Brasil sempre vai ser a mais barata produzir a pasto, tem espaço suficiente para produzir a pasto o que não significa que a gente não possa usar a suplementação dos animais no pasto e o confinamento como uma maneira de driblar a estação seca de fazer a terminação do animal – afirmou Sampaio.

Ele lembra que o nosso sistema de produção é diferente do dos Estados Unidos, em que se tira o bezerro da cria. – O Brasil tem amplo espaço de tecnologia para ser usado e o confinamento é um dos instrumentos que estão à disposição do pecuarista para conseguir essa produção – afirmou.

Para  Sampaio, nem mesmo a Austrália poderia ser um concorrente à altura do Brasil já que apesar de terem pasto não possuem água suficiente.

– Em muitas regiões da Austrália a produção é muito extensiva e eles conseguem suportar poucos animais por hectare, principalmente por limitações de oferta de forragem por causa da seca. O Brasil, entre todos os produtores, é o que tem melhores condições para aumentar a produção e por consequência a exportação de carne também – concluiu.

 

Fonte: http://www.canalrural.com.br/