Quase 50% do mercado de sementes forrageiras no Brasil é ilegal

Estimativa da Abrasem calcula que mais de 30% da safra 2011/2012 da soja foi de sementes sem certificação

A pirataria no Brasil não é um problema que atinge apenas a indústria fonográfica, vestuário ou de acessórios. Empresas que desenvolvem sementes e até os produtores que fazem uso delas perdem (e muito) com a pirataria no campo. Levantamento da Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem) mostrou que, na safra 2011/2012 de soja, cerca de 67% das sementes usadas eram certificadas.

Depois da soja e do milho, as forrageiras têm o maior mercado legal de sementes do país, movimentando mais de R$ 1 bilhão por ano. Mas esse número poderia ser maior. Segundo a Associação para o Fomento à Pesquisa de Melhoramento de Forrageiras (Unipasto), entre 40% a 50% do mercado do setor é abastecido com sementes ilegais.

“Quando uma pessoa compra sementes não certificadas, ele corre o risco de levar para a sua lavoura sementes com ervas daninhas e outras pragas. O barato sai caro”, afirma o diretor-executivo da Unipasto, Marcos Roveri José.

Com as piratas, a quantidade de sementes usadas por hectare tende a ser maior, além do aumento do consumo de herbicidas para minimizar os efeitos das pragas nas lavouras.

“Consequentemente, uma semente dessa se torna caríssima porque não tem controle de qualidade. O prejuízo é incalculável para o produtor. Você não consegue acabar com as plantas daninhas depois que plantou, pode apenas minimizar”, explica o diretor comercial da empresa Sementes Oeste Paulista (Soesp), Itamar Oliveira Júnior.

Ruim o para o produtor, pior para o país. Segundo presidente da Abrasem, Narciso Barison, “o prejuízo é multiplicado no momento em que pode introduzir doenças no país ou na lavoura que são controladas pelas sementes certificadas”.

A pirataria de sementes também agrega perdas aos pesquisadores e empresas envolvidas no desenvolvimento da tecnologia. A Soesp calcula que a venda de sementes forrageiras ilegais no país movimente cerca de R$ 350 milhões por ano. “O prejuízo é imensurável e afeta toda a cadeia. Ela [a pirataria] larga de remunerar tanto o pesquisador que desenvolveu a tecnologia como a Embrapa, que recebe royalties, e as empresas que investiram no desenvolvimento da tecnologia”, destaca Oliveira Júnior.

Uma pesquisa realizada pela Célere Consultoria mostrou que a introdução da biotecnologia agrícola no Brasil, em 1996/1997, até a safra 2010/20111, agregou benefícios econômicos no valor de R$ 11,9 bilhões aos produtores e empresas envolvidas no desenvolvimento das tecnologias. Do volume total do benefício, 44% foram garantidos pelo aumento da produtividade.

Fonte: http://revistagloborural.globo.com/

Carne de qualidade

Pesquisas apontam maior preocupação dos compradores em relação à segurança, textura, sabor e maciez da carne

O fortalecimento da economia brasileira nos últimos anos vai exigir do setor pecuário investimentos ainda maiores para atender a demanda por carne e leite de qualidade. Uma exigência que certamente crescerá no mesmo ritmo da classe média brasileira e da população mundial. Chegamos a sete bilhões de pessoas no mundo, a expectativa de vida do brasileiro subiu para 73,5 anos e as classes A, B e C no Brasil dobraram nos últimos cinco anos, ou seja, mais gente com poder de compra. E, com mais dinheiro no bolso, o consumidor passa a basear suas compras em qualidade, não se importando em pagar um pouco mais por um produto de excelência.

Já provamos que somos imbatíveis na produção de carne e leite a baixo custo e conseguiremos atender a demanda por alimentos estimada para as próximas décadas. Porém, temos o desafio de produzir com alta qualidade não apenas os produtos destinados ao mercado externo, que corresponde a somente 20% da produção de carne, mas também para o mercado interno, considerado por especialistas o grande foco para 2012.

Toda a cadeia produtiva precisa atuar pensando no consumidor. Apesar de ser considerado como pouco exigente e escolher pelo preço, pesquisas recentes mostram uma preocupação maior dos compradores em relação à segurança alimentar, textura, sabor e maciez da carne. Um consumidor insatisfeito pode optar pela compra de outro tipo de carne, como suína ou de frango.

A falta de um efetivo sistema de classificação de carcaças é um dos gargalos verificados na produção de carne de maior qualidade e melhores preços. Temos uma Classificação de Carcaça, publicada na Instrução Normativa 9 pelo então ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Roberto Rodrigues, que ficou apenas no papel. Os critérios de avaliação para remuneração se restringem às características de gênero (macho/fêmea), peso, conformação de carcaça e cobertura de gordura.

Os frigoríficos alegam que é preciso avançar muito para colocá-la em prática. Hoje, o preço pago ao produtor pelo mercado é diferenciado apenas pelo sexo, macho ou fêmea. Não há incentivo para a produção de animais precoces, melhor acabados, entre outras características. Hoje, existem no Brasil poucos pontos de venda de carnes que levam um selo de qualidade.

A classificação de carcaça é extremamente importante para atingirmos maior padronização da carne, valorizarmos quem produz animais de melhor qualidade e atendermos às exigências do consumidor. Mas, a cadeia produtiva não deve esperar a cobrança do consumidor para somente depois aplicar efetivamente a classificação de carcaça. Precisamos ser proativos, antecipando-nos às exigências do mercado, investir em marketing e em campanhas educativas capazes de auxiliar a população a diferenciar, na hora da compra, o tipo de carne que realmente deseja.

*Eduardo Biagi é presidente Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ).

Fonte: http://www.agrolink.com.br/

Reunião trata da conscientização e prevenção nas queimadas

Estamos entrando em uma época comum das queimadas na região serrana de SC, só o ano passado foram registrados 1.500 incêndios em áreas rurais na região, esses dados foram citados em uma reunião na quarta-feira (20/06) nas dependências da Sede da Associação dos Sindicatos Filiados (FIESC) e promovida pelas principais instituições como órgãos ambientais, bombeiros, sindicatos, associações e polícia ambiental, todas preocupadas com falta de conscientização dos pequenos e médios ruralistas.

O gerente regional da Fatma, Willy Brun Filho reforçou que a conscientização ainda é o melhor caminho, “em 2010 a Fatma recebeu 150 pedidos de produtores rurais da região serrana para realizar a queima legal. No ano passado este número subiu para quase 500, e isso tudo devido à campanha realizada em parceria com o Sindicato Rural”. O presidente do Sindicato Rural, Márcio Pamplona, explica que essa prática é muito necessária, destinada principalmente à limpeza do terreno para o cultivo de plantações ou para a formação de pastagens, “a queima de campo pode ser autorizada pela Fatma, desde que, feita dentro das regras e com todos os cuidados”.

Orientação Na reunião ficou decidido que a campanha será ampliada e reforçada, além das mídias será elaborada em comum acordo das entidades uma cartilha de prevenção e orientação. Serão ministrados pelo Corpo de Bombeiro alguns cursos nas empresas com equipamentos especializados para ter uma queimada controlada.

O secretário executivo da Câmara de Desenvolvimento Industrial e Florestal da Fiesc, Ulisses Rogério de Andrade, comprometeu-se em fazer uma proposta a Fiesc para conseguir fundos e ampliar a campanha na região do planalto serrano. “Nossa reunião hoje atingiu o seu objetivo, sendo fundamental o envolvimento de todas as entidades ligadas às queimadas. Chegamos a um acordo, precisamos atingir o pequeno e o médio ruralista, para que esses tenham conscientização e possam fazer a prevenção em futuras queimadas, controladas e fiscalizadas, não afetando outras propriedades e principalmente o meio ambiente”, finaliza.

(por Cris Menegon)

Fonte: http://www.lagesrural.com.br/

Expolages 2012 começa a dar sinal de vida

Prevista para acontecer entre 16 e 21 de outubro, a equipe comercial da ACIL vai dar início em breve, a comercialização de estandes para a Expolages 2012.

O evento, acontece em parceria com o Sindicato Rural de Lages e Sinduscon. Como tradicionalmente acontece, caberá à ACIL organizar e comercializar os espaços no pavilhão da Indústria, Comércio e Serviços (exceto setor da construção civil, a cargo do Sinduscon).

Os estandes terão preços diferenciados, de acordo com seu tamanho e localização. O maior espaço custará R$ 1.250,00.

O estande intermediário custará R$ 1.000,00. E o menor estande será disponibilizado por R$ 800,00. Empresas não associadas também poderão adquirir estandes.

Fonte: http://paulochagas.net/

Produtores serranos conhecem sistema cooperativado de comercialização de carne nobre

Lages – Estados procuram dar valor agregado ao gado de corte, e cada qual, tem sistemas diferenciados para aumentar a qualidade do produto e a lucratividade. Exemplo disso foi visto na manhã de 13 de junho, na Associação Rural de Lages, quando associados e convidados ouviram o relato sobre o sistema cooperativado desenvolvido em alguns municípios do Paraná, e que estão dando certo.

A palestra ministrada pelo zootecnista Luiz Fernando Brondani, da Emater do Paraná, que é também pecuarista, deu exata noção de como funciona a chamada Aliança Mercadológica da Carne Bovina naquele Estado. Todo o processo é administrado pela Cooperativa de Carnes Nobres do Vale do Jordão (CooperAliança) de Guarapuava (PR), no Programa Carne Angus Certificada. Através da nova proposta, o diferencial está na comercialização, não do boi, mas da carne, sem atravessadores.

Em 2011 foram abatidos cerca de 200 mil animais no programa. A inclusão da CooperAliança deve aumentar em 9% a oferta de Angus certificado. “Atualmente a cooperativa abate 500 animais por mês, com a certificação, e se esperam que até o final de 2012 este número salte para 1,5 mil animais mensais e, até abril de 2013, atingir a marca de 18 mil bovinos abatidos”, reforça. Ainda segundo Luiz Fernando, os produtores do Paraná pensam em exportar tão logo recebam em 2014, a certificação de zona livre da aftosa sem vacinação, a exemplo de Santa Catarina. Porém, o grande problema a ser enfrentado é a falta de matéria-prima. Atualmente, o Paraná importa cerca de 40 toneladas de carne por ano, para abastecer o consumo interno.

Por fim, o foco por hora, segue sendo na integração da cadeia que deve render aos pecuaristas da CooperAliança, que produzem animais Angus e Cruza Angus, prêmios acima do bônus recebido pelos pecuaristas gaúchos, que hoje conseguem até 10% acima do valor de balcão para machos e fêmeas. “Vale ressaltar que os pecuaristas do Paraná conseguem abater animais de 14 meses, chamados de superprecoces, com peso vivo de 500 kg e peso carcaça de 270 kg, sem contar que o abate de fêmeas tem ainda melhor qualidade de carne do que o macho podendo atingir o peso para o abate, em 12 meses”, ressalta o técnico da Emater.

Para o presidente da Associação Rural Márcio Pamplona, o sistema do Paraná, garantido por um selo de garantia permite ao consumidor saber detalhadamente todas as informações do animal, desde a idade até a procedência. “Em Santa Catarina, o contrário. Por aqui, ninguém sabe sequer a procedência da carne, e muito menos sobre a qualidade dela. Um processo parecido com o do Paraná, e, se fosse implantado em Santa Catarina poderia reverter o atual quadro”, salienta Márcio.

Mais informações: (49) 3225 3802 Assessoria de Imprensa  www.pchagas@brturbo.com.br (49) 9148 4045

Animais de qualidade garantem comercialização total

Lages – A mesma concepção foi observada na Feira de Gado Geral realizada neste sábado (26) no Parque Conta Dinheiro, no último leilão do semestre promovido pela Associação Rural de Lages. O que não se esperava foi o pouco número de animais. Exatas 330 cabeças distribuídas entre terneiros, terneiras, bois, novilhas, vacas para engorda e vacas prenhas foram para a pista de remate. Conforme o presidente da Associação Rural, Márcio Pamplona, a diminuição de animais inscritos se deve à chuva no meio da semana, que até foi bastante comemorada, mas por outro lado acabou prejudicando a retirada de mais de 150 animais das propriedades.

Mas, independente do número de animais que foram apresentados aos compradores, foi possível formar 49 lotes de alto nível, resultando na comercialização de todos, e propiciando um volume de negócios em torno de R$ 340 mil. No final, as vendas seguiram também a boa média de preço no mercado, com destaque aos terneiros que tiveram no preço final o valor médio e R$ 4,30 e as terneiras em R$ 3.84. Os bois fecharam em R$ 3.57; as novilhas de até 18 meses em R$ 3.76; as novilhas de até 24 meses em R$ 3.64; as vacas prenhas em R$ 3.39, e as vacas falhadas foram vendidas na média de R$ 3.13. “Todos os animais tiveram bom peso e qualidade, o que garantiu o sucesso da Feira”, ressaltou Pamplona.

Novos eventos do gênero voltam acontecer somente em setembro, organizados também por particulares. Mas a maior exposição será durante a Expolages 2012, entre os dias 16 e 21 de outubro, quando são esperados cerca de 2 mil animais, tanto para a venda como para exposição.

Mais informações: (49) 3225 3802 / 3223 0923 Assessoria de Imprensa E-mail: pchagas@brturno.com.br – Fone: (49) 9148 4045

Fonte: http://www.lagesrural.com.br/