Evento na Argentina promove debates sobre a produção de carne e leite na América Latina

Na visão de especialistas do setor, é necessário que os países se tornem mais sustentáveis para poder competir no mercado internacional

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Especialistas do setor agropecuário se reuniram, na última semana, para a primeira edição do América Bovina, evento realizado na cidade argentina de Puerto Iguazú, na tríplice fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai, para debater a produção de alimentos na América Latina. A necessidade de tornar os países da região em referências mundiais na produção de carne e leite dominou as discussões, já que os territórios contam com clima, extensões de terra e recursos naturais favoráveis para uma alta produtividade.

O veterinário e especialista em mercado Luciano Roppa abriu a rodada de palestras do encontro, que contou com a presença de técnicos e pecuaristas de sete países. Roppa apresentou números que comprovam a crescente demanda por proteína animal. Projeções da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) apontam que, nos próximos 10 anos, o consumo de carne e leite deve crescer 25%, consequência de uma população em crescimento e com maior poder de compra. A cada ano, são 75 milhões de habitantes a mais no mundo, 200 mil a mais por dia. Do total, 88% do crescimento fica concentrado na Ásia e na África.

Com clima tropical e recursos hídricos favoráveis, a América Latina consegue suprir a demanda interna. Painelistas discutiram como atender aos requisitos que podem colocar esses países em vantagem diante da concorrência. Além de aumentar a produtividade por área, a sustentabilidade é uma exigência do mercado internacional e uma das barreiras impostas por países compradores.

– Produzir mais, sim. Com menos custos, mais tecnologia e com segurança alimentar – aponta o gerente geral Câmara Argentina de Feedlot, Rodrigo Troncoso.

Um exemplo é o que acontece com a carne brasileira. A Índia, dona do maior rebanho do mundo, é grande competidora do país, oferecendo um produto mais barato no mercado. De acordo com o analista de mercado Alexandre Mendonça de Barros, a estratégia brasileira deve mudar para que o país se mantenha nas posições de liderança da exportação global.

Fonte: http://pecuaria.ruralbr.com.br/

Projeto de Produção Integrada Campos das Tropas aprovado pelo consumidor

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Nas primeiras quatro oportunidades em que a carne do Programa de Produção Integrada Campos das Tropas foi comercializada em um supermercado de Lages, a apreensão deu lugar ao otimismo.

Numa primeira avaliação é de que a venda está de “vento em popa”, com a média de comercialização de 1000 a 1200 kg por semana. Mas, por enquanto ainda continuarão sendo disponibilizadas cinco carcaças conforme a previsão inicial, pois a meta é manter a qualidade dos animais, quanto a raças, tipos de alimentação, meio ambiente e social e o controle de rastreabilidade (monitoramento dos manejos e utilização de medicamentos, respeito aos prazos de carência). Conforme ressalta a coordenadora do projeto, Caroline Ribeiro, o sucesso da comercialização está dentro do esperado.

Porém, um único problema registrado foi quanto ao excesso de fila no supermercado, mas que já está resolvido com a contratação de novos açougueiros. Além disso, a novidade é de que todo o grupo de profissionais do açougue estará em treinamento nesta semana para desenvolver novos cortes e aprimorar os já trabalhados. Por outro lado, além da aprovação do consumidor, o projeto despertou o interesse de novos produtores em também fazer parte do grupo de associados.

Outra novidade do projeto é a real possibilidade da confirmação de parceria com a Embrapa Pecuária Sul, de Bagé- RS, a qual deverá disponibilizar o laboratório de carnes para fazer um estudo científico das características organolépticas desta carne (sabor, maciez, teores nutricionais – inclusive de ômega 3 e 6,…). A proposta já está sendo buscada pelos produtores. “Por fim, mesmo nesta fase inicial do projeto já é possível verificar agregação de valor dentro da propriedade rural devido ao incremento de produtividade, o que deve ultrapassar no 1º ano os 10%”, conclui Caroline.

Sobre o projeto A Produção Integrada dos Campos das Tropas foi uma forma encontrada para vender carne de qualidade, de maneira sustentável, e com agregação de valor, ou seja, um novo modelo de produção criado a partir de vários encontros envolvendo produtores da Região Serrana. Atualmente, o grupo está formado por 14 associados em 8 municípios, todos adequados às Normas Técnicas, e aberto a novos participantes. O diferencial do Programa é de que a comercialização, sem atravessadores não é do boi, mas da carne, e com selo de qualidade. Trata-se de uma Aliança Mercadológica da Carne Bovina.

Informações: Com Caroline Ribeiro – Fone – (49) 9992 2187

Por Assessoria de Imprensa pchagas@brturbo.com.br – (49) 9148 4045

Fonte: http://www.lagesrural.com.br/

Mercoleite terá recurso de R$ 100 mil

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Nesta quarta-feira (17/04), começa em Lages a 17ª Mercoleite, evento que ocorre até domingo e reúne concurso leiteiro, julgamento e comercialização de animais. De acordo com a organização, neste ano estarão disponíveis R$ 100 mil em financiamento para negócios no Parque de Exposições Conta Dinheiro, no bairro de mesmo nome, somente em negociações.

O evento irá reunir produtores de toda Santa Catarina, que é hoje quinto maior produtor de leite no Brasil, com produção diária de 6 milhões de litros. Cerca de 2 milhões são produzidos na região Oeste, e a Serra Catarinense, mesmo tendo potencial e qualidade genética de destaque, responde por uma pequena fatia do mercado, com produção diária em torno de 100 mil litros.

Em todo o estado, são aproximadamente 60 mil produtores e, na Região Serrana, este número não chega a mil. Com 30 anos de tradição no mercado leiteiro, a família do produtor André Ricardo Hoeschel sempre deu atenção especial a dois pontos: o cuidado com a alimentação e o constante melhoramento genético do gado, para garantir a produção de leite com qualidade crescente.

O rebanho leiteiro de Hoeschel conta com 25 animais das raças Jersey e Jersolanda, que produzem em média entre 450 a 500 litros por dia. Se hoje a produção de André  Hoeschel é considerada de médio porte, há algumas décadas sua família foi destaque no estado.

“Tenho a expectativa de voltar a crescer, minha estrutura é para tirar de 1.200 a 1.300 litros por dia”, afirma.

Dirigente aposta na tecnologia

Para garantir a qualidade do produto que irá vender, André Hoeschel conta com o apoio de um zootecnista, que constantemente faz avaliações nos animais, identifica os defeitos e as características desejadas para cada um. “Uma vez identificado o defeito, podemos encontrar um touro específico para corrigir, gerando novilhas com mais qualidade do que a das mães”, completa.

Para o presidente da Aproleite e do Núcleo da Associação Catarinense dos Criadores de Bovino (ACCB) em Lages, Décio da Fonseca Ribeiro, os produtores precisam se conscientizar de que devem buscar tecnologia e se adequar para aproveitar os benefícios que a região oferece.

“O importante é que o produtor use a tecnologia a seu favor, iniciando pela boa comida, o manejo dos animais, sanidade (bem estar animal) e até mesmo a genética apurada. Assim terão animais que produzirão bastante leite e com longevidade, sem precisar serem descartados precocemente”, avalia.

Evento em três pilares

O coordenador da Mercoleite, Humberto Silveira de Souza, explica que o evento é baseado em três pilares: o concurso leiteiro, o julgamento e a comercialização de animais.

O concurso é dividido em duas categorias: animais jovens (com até 36 meses) e animais adultos (acima de 36 meses). Para se chegar ao vencedor, antes do julgamento serão feitas quatro ordenhas, uma a cada oito horas iniciando, na quinta-feira pela manhã, em cada um dos animais participantes.

“Das quatro ordenhas, é retirada a maior e feita uma média de produção das três restantes, totalizando um período de 24 horas. Com a maior produção de leite é escolhida a campeã”, explica.

O objetivo do julgamento de animais é selecionar os melhores nas raças Jersey e Holandesa. Os animais escolhidos, futuramente se tornarão matrizes reprodutoras para produção de leite.

A venda de gado leiteiro, diferente da de gado de corte, não é feita por remate, mas por meio de venda nos galpões. “Os produtores levam os animais e deixam no galpão para participar das outras duas partes do evento. No período que eles ficam no parque acontecem as negociações”.

Segundo Humberto de Souza, neste ano será disponibilizado um recurso do Governo do Estado, no valor de R$ 100 mil, para os produtores, através do Fundo do Desenvolvimento Rural, para que possam efetuar a compra de animais. O recurso é como um financiamento e, após a compra, o produtor tem até três anos para pagar ao Estado.

Fonte: http://www.clmais.com.br/

Meta do Programa SC Rural é investir R$ 50 milhões na agricultura familiar em 2013

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Uma reunião convocada pelo governador Raimundo Colombo, no dia 18 de março, busca dar celeridade aos trabalhos do programa SC Rural, antigo microbacias. “Esse é um projeto que investe na pequena propriedade rural de Santa Catarina, na infraestrutura, em um conjunto todo de iniciativas que melhora muito a parte mercadológica dos produtos feitos aqui”, explicou o governador. O programa chega ao seu terceiro ano, metade da duração do projeto, mas até agora recebeu cerca de 20% dos recursos totais. A proposta do governador foi construir um trabalho integrado das secretarias que acelere a realização dos projetos e alcance a meta de investir cerca de R$ 50 milhões em melhorias para os agricultores familiares catarinenses neste ano.

Ao todo, Santa Catarina investirá, em seis anos, US$ 189 milhões na agricultura familiar, cerca de R$ 387 milhões, nesse programa que é uma parceria com o Banco Mundial (BIRD). “Como é intersetorial, acaba tendo algumas dificuldades no início. Pode parecer simples de fora, mas não é. Aqui estamos construindo uma interação entre os órgãos para que trabalhemos juntos de forma organizada”, disse o governador.

Estão envolvidas no programa as secretarias de Agricultura, Desenvolvimento Econômico Sustentável, Infraestrutura, Fazenda e Turismo, além da Epagri, a Cidasc e a Fatma. “Somada à nossa secretaria, somos nove executores”, disse Julio Bodanese, secretário-executivo do Programa SC Rural. Também participaram da reunião de trabalho dois representantes do Banco Mundial: Gregor Wolf, coordenador setorial do Departamento de Desenvolvimento Sustentável, e Diego Arias, gerente do projeto SC Rural em Santa Catarina.

Para Wolf, “inicialmente o trabalho intersetorial é um desafio, mas ao fim, os resultados são muito mais significativos.” Esse é o resultado esperado pelo secretário da Agricultura, João Rodrigues. “O programa vai atender 500 empreendimentos familiares. É o maior programa de apoio a esse tipo de agricultura”, destacou.

A Secretaria da Fazenda preparou um cronograma de investimento e alocou os recursos para garantir a execução das metas previstas para 2013. Também será responsável por acompanhar mês a mês o avanço das iniciativas. A primeira avaliação está agendada para o início de abril, de acordo com o secretário da Fazenda, Antônio Gavazzoni.

Os projetos são sugeridos por técnicos da Epagri, que atuam diretamente no interior, e são enviados em maio e novembro para serem aprovados. Neste ano, a meta é realizar 40 projetos estruturantes, além de outras contrapartidas apresentadas pelo BIRD. Uma das principais é a criação de um órgão gestor dos recursos hídricos do Estado, que está sendo coordenada pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDS). “Estamos desenvolvendo uma maneira de fazer isso sem aumentar a estrutura da máquina estadual”, afirmou a secretária-adjunta da SDS, Lúcia Dallagnelo, na reunião.

Também participaram da reunião os secretários da Infraestrutura, Valdir Cobalchini; do Turismo, Beto Martins; além dos presidente da Epagri, Luis Hessmann; e da Fatma, Gean Loureiro; entre outros técnicos dos órgãos envolvidos.

Entenda o projeto

O SC Rural visa, nesses seis anos, um incremento de 35% na economia de Santa Catarina. Para atingir a meta ousada, ele atua em diversas frentes. Um exemplo é em Santa Rosa de Lima, município que tem na agricultura familiar baseada na produção de alimentos orgânicos, a sua principal atividade econômica e que tem como projeto melhorias na infraestrutura de acesso, para explorar essa característica única para o turismo rural.

“É permitir que, ao invés de vender só leite, se venda leite e queijo. Agregar valor no processo de produção”, explica Diego Arias, funcionário do Banco Mundial que é gerente do projeto em Santa Catarina. Outros exemplos, desenvolvidos do Oeste, é permitir que ao invés de vender apenas a carne suína in natura, ela seja vendida com o corte e embalada, ou até temperada, aumentando as etapas de industrialização e o valor desse produto que será vendido no país ou exportado.

Outro processo importante que pode ser desenvolvido por meio do programa é a organização de pequenos produtores em cooperativas para que eles possam negociar a venda de seus produtos com fornecedores maiores, como supermercados.

O Programa Santa Catarina Rural é a terceira etapa de uma política de desenvolvimento rural do Estado que já acontece há duas décadas e que deverá consolidar importantes avanços alcançados pelos Projetos Microbacias 1 e 2. Em investimentos, são US$ 90 milhões do BIRD e US$ 99 milhões de contrapartida do Governo do Estado.

Mais informações:
Qualquer informação adicional pode ser obtida por meio do telefone da redação da Secom/SC no (48) 3665-3006 ou (48) 9145-6761 (Thiago Santaella). Outros contatos e informações do Governo também estão disponíveis na página www.sc.gov.br.
Para pedidos de fotos ou outro material de imagens, favor enviar no fotografia@secom.sc.gov.br ou diretamente pelo telefone (48) 3665-3013.
Estamos à disposição.

Fonte: http://www.cidasc.sc.gov.br/

Aneel fixa prazo para concessionárias de energia elétrica atenderem área rural

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Prazos finais variam de 2016 a 2018, dependendo de cada empresa

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) definiu o prazo final para que nove concessionárias concluam a instalação dos serviços de distribuição de energia elétrica na área rural. O conceito da Aneel é o do “ano limite”, que varia de empresa para empresa.

De acordo com despacho publicado na terça, dia 26 de março, no Diário Oficial da União, os prazos finais foram fixados após a Aneel analisar as propostas de revisão dos Planos de Universalização das concessionárias.

Pela decisão, 2016 é o ano limite para a universalização rural pela Companhia de Energia Elétrica do Estado do Tocantins (Celtins), Companhia Energética do Maranhão (Cemar), Companhia Energética de Roraima (CERR), Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba) e Empresa Energética de Mato Grosso do Sul (Enersul). A empresa Centrais Elétricas Mato-Grossenses (Cemat) terá até 2017 para promover essa universalização. Já o prazo das concessionárias Centrais Elétricas do Pará (Celpa), Eletrobras Distribuição Acre e Eletrobras Distribuição Amazonas é 2018.

Fonte: http://agricultura.ruralbr.com.br