O município de Painel que habitualmente encerra a temporada das Feiras de Terneiros e Terneiras na Serra Catarinense, tem também a tradição de apresentar grandes resultados. O leilão virtual deste domingo (24), terminou bem além do esperado, com recordes de preços médios em lotes individuais, tanto dos machos quanto das fêmeas. Era o prenúncio de que lá na frente, na última batida do martelo, haveria a constatação de um fechamento diferenciado. E assim se deu: R$ 8,36 para os machos e de R$ 8,51 nas fêmeas, no melhor resultado obtido em leilões da categoria, em Santa Catarina. O faturamento com a venda total dos 78 lotes também foi surpreendente: R$ 1 milhão e 135 mil.

Este ano, excepcionalmente em razão da pandemia, o município de Painel que pertence à jurisdição do Sindicato Rural de Lages no segmento pecuário, conseguiu trazer ao Parque Conta Dinheiro, em Lages, exatos 739 animais entre machos e fêmeas. O objetivo foi o de aproveitar a estrutura já montada para as transmissões via internet, através dos canais Lance Rural e o You Tube, da própria empresa leiloeira, a Camargo Agronegócios. Em seis horas de leilão, nenhum lote ficou sem comercialização. “Foi realmente uma tarde muito boa para vendedores e compradores”, resumiu o presidente do Sindicato Rural de Lages, Márcio Pamplona.

Feira de Gado Geral

O Sindicato Rural aproveitando a lacuna deixada pelo cancelamento da Festa Nacional do Pinhão, que sempre toma conta do Parque Conta Dinheiro todos os anos no mês de junho, agendou para o dia 15/06, uma Feira de Gado Geral, denominada de Feira de Inverno. As inscrições já estão abertas para sócios e não sócios, e podem ser feitas na secretaria do Sindicato, em Lages.

Mais informações Sindicato Rural de Lages – Fone: (49) 3223-1892.

Crédito das Fotos: Paulo Chagas

Assessoria de Imprensa

Criadores da região da serra e do meio oeste levarão 28 exemplares para a maior feira do agronegócio catarinense.

A Expolages 2019, que acontece de 8 a 13 de outubro em Lages (SC), será especial para os criadores da raça Devon de Santa Catarina. A presença de 22 animais de argola e seis rústicos, no Parque Conta Dinheiro, vai marcar os 80 anos de participação da raça de origem britânica, com pelagem avermelhada e que tem como principais características a rusticidade, o caráter dócil, a habilidade materna e a fácil adaptação. Cácio Moraes, Presidente do Núcleo Catarinense de Criadores, acredita que a exposição terá um sabor especial. “É com satisfação que, nesta edição, confirmamos a força da raça em nosso Estado. Este ano, o número de animais aumentou em mais de 60% em comparação com 2018, quando levamos 18 exemplares”, comemora.

A raça Devon participa da exposição desde a fundação da Associação Rural de Lages, em 1939. Para o pecuarista Ivo Tadeu Bianchini, hoje o mais antigo expositor de Santa Catarina, a data é uma feliz coincidência. “Também nasci em agosto de 1939, e 40 anos depois fui Presidente da entidade. É por essas e outras que a Cabanha São Luiz não pode ficar de fora”.O criador comemora que um dos netos, João Vicente Barreto da Costa Filho, participará pela primeira vez do evento na categoria Jovem Expositor. João vai expor uma vaca com cria e mais uma novilha. “Temos que dar sequência a essa paixão que é antiga, já são mais de 60 anos de trabalho dedicado ao Devon”, completa Bianchini.

O julgamento da raça começa na sexta-feira, dia 11, com os animais de galpão, machos e fêmeas,tomando a pista a partir das 14h. A avaliação dos rústicos será no sábado, dia 12, às 9h. A escolha dos melhores exemplares ficará a cargo do criador Aristorides Tadeu Ribeiro de Melo, técnico da ABCD e proprietário da fazenda Mandassaia, de Lages (SC).

Estão confirmadas as participações da Cabanha Caiapiá, de São Joaquim, Cabanha da Colina, de São José do Cerrito, Cabanha Estrela do Sul, de Capão Alto, Cabanha Gralha Azul, de Fraiburgo, Cabanha Passo Velho, de Bom Jardim da Serra, Fazenda Rio Canoas, de Anita Garibaldi, Fazenda Santa Maria, de Lages, Fazenda Santa Rita, de Lages e Cabanha São Luiz, de Capão Alto.

Para Simone Bianchini, Presidente da Associação Brasileira de Criadores de Devon / ABCD, a Expolages é a mostra mais importante de Santa Catarina para a raça. ‘É nesta região que se concentra o maior número de criadores, e são principalmente os animais da Serra que movimentam o programa de certificação de carnes junto ao Frigorífico São João. A qualidade desses animais é importantíssima”, garante Simone.

Além da programação oficial, também acontece a comercialização de reprodutores, sêmen e embriões. No sábado à tarde, animais Devon puros e de cruza serão ofertados no leilão multiraças, que começa as 13:30. O acesso do público ao Parque Conta Dinheiro é gratuito.

Crédito da foto: Fabio Carvalho

Imprensa Devon:
Simone Müller / jornalista

(MTB 1038-SC)

51-99818 5834

Embora seja um evento voltado essencialmente para os negócios, a Expolages torna-se um grande atrativo aos visitantes, que podem ver de perto o que o Município produz e comercializa.

A Expolages 2019 acontece entre os dias 8 e 13 de outubro. Para o dirigente do Sindicato Rural, um dos segmentos da organização da expofeira, Márcio Cícero Neves Pamplona, mais do que o evento ou a exposição, o evento tem como proposta principal, favorecer a geração de negócios em todas as atividades presentes no Parque, ou seja, do comércio, da indústria, e do segmento animal.

Conforme explica, no que tange ao agronegócio serão três grandes leilões: Feira da Novilha; de reprodutores (touros), e de cavalos de milha e crioulo. Por outro lado, a expectativa é de entre os animais de exposição, julgamento e de comércio o Parque Conta Dinheiro, receba cerca de 1,5 animais. Em torno de 800 deles farão parte da Feira da Novilha e Gado Geral, o principal leilão da Expolage, previsto para sexta-feira (11). Os demais leilões acontecem no sábado (12), à tarde e à noite.

Assim como a Associação Empresarial de Lages (ACIL), o Sindicato Rural também está comercializando os espaços da área externa. No entanto, a maioria das empresas que pretendem expor já reservaram o terreno antecipadamente. São aquelas voltadas para a exposição de máquinas e implementos agrícolas, automóveis, caminhões, e de animais. “Assim, como nos anos anteriores, o que se espera é de um novo sucesso comercial, e, independente dos negócios, a Expolages é aberta à visitação pública gratuitamente”, salienta Pamplona.

Lages receberá, de 11 a 13 de setembro, o 8º Congresso Brasileiro de Qualidade do Leite, que será realizado no Centro Serra Convention Center, com apoio do Centro de Ciências Agro veterinárias (CAV), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc).

O evento é promovido pelo Conselho Brasileiro de Qualidade do Leite (CBQL), cujo presidente é o professor da Udesc de Lages, André Thaler Neto, atual diretor de Ensino do centro. Já o professor Andreas Chryssafidis participará como palestrante e abordará o tema “Resíduos tóxicos em leite e produtos”.

O congresso é o evento científico mais relevante do setor no Brasil e aguarda a submissão de mais de 300 trabalhos e resumos na área de qualidade do leite, com os resultados mais recentes de pesquisas.

“A qualidade do leite do Brasil passa por um momento de grandes transformações, principalmente considerando-se a recente publicação de novas normativas para a área em nosso País. Por isso, passamos por um momento importante para debatermos sobre qualidade do leite”, declara Thaler.

Palestrantes internacionais

Entre os palestrantes confirmados, estão nomes respeitados nos cenários nacional e mundial, como pesquisadores e professores dos Serviços Veterinários Associados, de Portugal; Universidade de Tuscia-Viterbo, na Itália; Universidade de New Hampshire e Universidade Estadual do Michigan, ambas nos Estados Unidos.

Inscrições

As inscrições podem ser feitas no site do evento (https://congresso.cbql.com.br/inscricao/), até 6 de setembro. O prazo para o envio de resumos expandidos irá até 18 de agosto e os autores apresentadores dos resumos terão até 8 de setembro para efetuar inscrição.

O sobe e desce dos pinheiros começa a ser rotina para mais de 100 famílias da Serra de Santa Catarina a partir desta segunda-feira (1º). É tempo da colheita de pinhão, que neste ano deve registrar uma queda de 30% a 50% no Estado, em relação ao ano passado. A projeção é da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri).

A espora, a corda e a habilidade de escalar as araucárias com cerca de 15 metros de altura fazem parte da vida dos produtores nesta época do ano. Em Santa Catarina, a região Serrana é a principal produtora da semente. Muitas famílias têm na atividade a principal fonte de renda, principalmente na pequena cidade de Painel, onde está concentrada a maior parte da produção de pinhão.

Mas neste ano a quantidade deve ser menor, segundo o Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (CEPA). A produção de pinhão é estimada entre 2 mil e 2,3 mil toneladas.

Para a safra que está iniciando, devido a ocorrência climáticas desfavoráveis e a fatores cíclicos, coincidindo com um ano de poucas pinhas, ano de baixa, é esperada uma queda entre 30% a 50%, em relação a 2018, que foi um ano bom, com 3,5 mil toneladas — diz o engenheiro agrônomo da Epagri, Luiz Toresan.

Na propriedade do produtor Durval Gerônimo Branco Vieira, em Capão Alto, os pinheiros estão com menos pinhas. Ele conta que tem pinheiro que antes produzia cerca de 50 pinhas e, neste ano, não passa de dez.

O produtor ainda não sabe vai ter pinhão suficiente para colocar à venda, porém já contratou um ajudante para fazer o trabalho.

Já contratamos um rapaz para vir aí, para subir nos pinheiros, tirar para o gasto, que a gente gosta, e se tiver excesso a gente vende — destaca o produtor.

Com menos pinhão no mercado, o consumidor deve sentir o impacto no preço no produto.

Pesquisadores, profissionais de todas as áreas ligadas ao mundo agropecuário e mais de 140 empresas dos diversos segmentos do agronegócio oportunizando conhecimento, compartilhando pesquisas, apresentando tecnologias e tirando dúvidas.

Tecnologia e Negócios
– Experimentos com resultados reais;
– Demonstração e comparativos de testes;
– Validação de novas tecnologias;
– Lançamentos;
– Produção com sustentabilidade;
– Palestras;
– Pesquisadores e Instituições de Pesquisa;
– Pecuária, empresas de medicamentos e nutrição;
– Exposição de animais;
– Manejo de pastagens;
– Vitrines tecnológicas focadas na produtividade;
– Empresas de Sementes de milho, soja e feijão;
– Empresas de fertilizantes e defensivos;
– Vitrine Tecnológica HF;
– Expositores de máquinas, equipamentos e veículos;
– Linhas de crédito;
– Oportunidades de negócios;
– Opções para Agricultura Familiar e agroecologia;
– Infraestrutura com alimentação e água gelada;
– Equipe motivada.

Curso Técnico em Agronegócio

Depois de investir na construção de salas de aulas, no segundo piso, a direção do Sindicato Rural irá começar a utilizar o espaço. Para tanto, anuncia a abertura das inscrições para o Curso Técnico em Agronegócio, com graduação de nível médio, e reconhecido pelo MEC. O Curso é totalmente gratuito e com a maioria das atividades à distância. São apenas 40 vagas no polo de Lages. As informações podem ser buscadas junto à sede do Sindicato Rural, no Parque Conta Dinheiro, pelos telefones (49) 3225-3802 ou celular (49) 98435-6489 (WhatsApp).

A entidade começa assim a concretizar a proposta da instalação de cursos técnicos e superiores ligados ao agronegócio, inclusive, futuramente, coma possibilidade da efetivação da Faculdade de Tecnologia CNA, também com a anuência do Ministério da Educação (MEC). Todo o projeto foi desenvolvido em parceria entre a entidade e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, e a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc). Os cursos fazem parte da Rede e-Tec Brasil, programados pelo MEC. O polo de Lages será o 11º de Santa Catarina e o segundo implantado somente na Região Serrana.

Conforme explica o presidente do Sindicato, Márcio Pamplona, a graduação é direcionada a jovens e adultos que vivem e trabalham no campo, propiciando conhecimento e capacitação. Para o dirigente, em dias de hoje, para se manter presente no meio rural é necessária a qualificação, e com o complemento técnico, cria a chance de aumentar a renda e a produtividade.  “Por esta razão que o segundo piso do Sindicato Rural foi totalmente adaptado com três modernas salas e auditório. Uma delas, destinada somente para o ensino de informática visando estabelecer a inclusão digital”, ressalta Pamplona

O espaço irá também contar com refeitório, sanitários adaptados e secretaria. Futuramente, até mesmo um elevador será instalado facilitando a acessibilidade.  “Com a evolução das culturas no meio rural, esta é uma maneira de o Sindicato se manter atuante, modernizando e diversificando as áreas de atuação, em prol dos associados”, Conclui Márcio.

Legenda foto: presidente Márcio Pamplona acompanhou a obra bem de perto desde o início.

Simone Bianchini assumiu, neste sábado (08/12), a presidência da Associação Brasileira de Criadores de Devon (ABCD) pelo biênio 2019/2020, em evento na Casa do Devon, no Parque de Exposições Assis Brasil em Esteio. Natural da cidade de Lages, Santa Catarina, Simone é empresária e tem formação na área jurídica, além de atuar na criação de Devon junto à Cabanha São Luiz, propriedade familiar do pecuarista Ivo Tadeu Bianchini que possui mais de 1,5 mil cabeças de cruzamento industrial, além das raças puras como Devon, Angus e Hereford. Devon é a principal raça com dedicação da Cabanha São Luiz desde a década de 60.

Simone é Coordenadora do Programa Carne Certificada Devon, que desde a sua implantação em maio de 2017, já realizou mais de 2,5 mil abates, com bonificações que atingiram até 10%, sobre o valor comercial da arroba.

Segundo Simone, a ideia é expandir a certificação para o Rio Grande do Sul dentro dos próximos dois anos: “Estamos fazendo um levantamento para verificar a regularidade da oferta no Rio Grande do Sul, que é um aspecto necessário para fechar uma parceria com frigoríficos. Além disso, queremos fortalecer a raça em outros estados, expandindo a venda de sêmen e reprodutores. Temos cruzamentos no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná e Bahia, o que demonstra a adaptabilidade da raça”.

Simone ressalta que no Mato Grosso do Sul, em uma das propriedades, há cruzamentos importantes do Devon com Nelore com mais de 250 touros trabalhando em monta natural, em que são abatidos cerca de 4.500 cabeças provenientes deste cruzamento na planta frigorífica da JBS em Campo Grande, a qual possui bonificação própria para animais com conformação de carcaças e acabamento de gordura. “É um grande trabalho que já vêm sendo desenvolvido por mais de 15 anos”, reitera.

O rebanho de Devon no Brasil, que está concentrado na sua maioria no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, soma cerca de 250 mil cabeças. A raça de origem britânica é uma das mais antigas introduzidas no Brasil, pelo Rio Grande do Sul, e se caracteriza pela rusticidade, caráter dócil, grande capacidade de ganho de peso dos touros mesmo em condições adversas de pastagens e boa lactação das vacas, tidas como mães por excelência. A raça é usada em cruzamentos com outras raças europeias e zebuínas pela sua alta qualidade genética.

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Expositores garantiram o gigantismo da Expolages 2018

Reconhecida como uma das maiores e mais completas feiras de agronegócio do Estado de Santa Catarina, a Expolages também reflete o seu gigantismo em razão de outros fatores. Um exemplo disso é a expressiva qualidade genética bovina, equina e de ovinos criados a campo, e um grande público visitante e voltado para os negócios.

Além disso, o gigantismo da Expolages também foi comprovado na realização da edição deste ano. Durante a cerimônia de premiação dos animais julgados, na manhã deste domingo (14), no auditório Cesar Vieira da Costa da Associação Rural de Lages, o presidente da entidade, Márcio Pamplona, destacou que apesar das dificuldades na captação de recursos para o investimento na estrutura e divulgação da Expolages, graças ao apoio dos produtores rurais, houve um crescimento significativo no número de animais expostos. “Foram entregues 102 troféus aos vencedores. “A cada ano, não mediremos esforços para manter o reconhecimento da Expolages”, declarou Márcio. Ele ainda destacou que a educação e profissionalização do ramo é uma das alternativas para qualificar pessoas ligadas ao meio rural.

Quem passou pelo Parque de Exposições Conta Dinheiro durante o período de 9 a 14 de outubro, teve a oportunidade de apreciar os mais de 1.500 animais expostos. Premiados nos principais eventos do segmento do país. Eles surpreenderam pelas características, principalmente pelo tamanho e rusticidade.  Os exemplos mais típicos são os da raça Angus (88 animais argola e 27 rústicos), Charolês (65), Braford – argola (26), Hereford – argola (24), Simental (23), Devon (18), Limousin (17), Zebuínas (17 – Nelore, Brahman e Guzerá), Senepol (14), Crioula Lageana Mocha (13) e Simbrasil (5).

Movimento econômico

Só o agronegócio foi responsável por boa parte da movimentação econômica da Feira. A partir dos leilões e comercializações diretas, o faturamento superou a R$ 2,3 milhões. No segmento da indústria e do Comércio, o giro de capital também foi bastante expressivo. Todos os expositores participantes saíram com o sentimento de satisfação. Pelo menos quatro caminhões, além de alguns tratores e automóveis foram vendidos, entre inúmeras formas de negócios ligados ou não ao campo geraram um grande retorno ainda não mensurado. Porém, a prospecção futura se aproxima dos R$ 20 milhões.

Fotos: Daniel Costa / Mário Tissot

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A participação da ovinocultura na Expolages deste ano merece destaque pelo incremento em 15% no número de animais; pela novidade, ou seja, da abertura para os borregos rústicos e a realização do campeonato em trio, com a participação de 22 trios oriundos de várias regiões do Estado. Até o ano passado só participavam da feira, apenas animais registrados. Segundo o presidente do Núcleo Serrano de Ovinos, Aldo Martins Neto, a ideia foi muito bem aceita, pois, se transformou numa forma de aproximar os criadores de animais não puros, visando também disseminar a criação de novas matrizes de até um ano de vida. Ao todo, foram trazidos para a Feira, perto de 200 animais, tornando-se uma das maiores participações do evento, nos últimos anos.

O fortalecimento da ovinocultura na Expolages serve como estímulo a um trabalho a médio e longo prazo, visando devolver à Serra, a polaridade na criação de ovelha em Santa Catarina. Hoje, a Região é considerada a segunda maior produtora de ovinos. Além disso, conforme Aldo explica, a atividade é bastante rentável, e o incremento na criação regional passa a ser buscado, para suprir a falta de oferta local. Atualmente, animais são importados para suprir a demanda de carne, sendo que Santa Catarina produz apenas 30% da carne consumida. “Há muito espaço para o crescimento do rebanho, aproveitando a excelente qualidade. Nossa intenção, além de aumentar a produção, é dar valor agregado à produção desses animais”, completa.

Desafio do leão baio

A Serra Catarinense já foi referência na produção de ovinos. A queda se deu a partir do desafio da sobrevivência da onça suçuarana, conhecida como leão baio, o que obrigou aos produtores a se adaptarem à realidade, fazendo com o que os animais não permaneçam mais no campo, sendo recolhidos em galpões, à noite. Esta transição criou um novo hábito e os rebanhos estão voltando a crescer. Além disso, um cão pastor conhecido como Maremano Abruzês está se tornando uma eficiente ferramenta de proteção às ovelhas em meio aos rebanhos. O animal é criado desde filhote junto às ovelhas e passa a conviver e proteger o rebanho.

19º Encontro Estadual de Ovinocultura de Santa Catarina

Lages será sede, no próximo mês de novembro, dia 24, do 19º Encontro Estadual de Ovinocultura, no Parque Conta Dinheiro. Trata-se do maior evento de discussão sobre a criação de ovelha em Santa Catarina. Na programação palestras, exposição e comércio de animais.

A realização é do Núcleo Serrano de Criadores de Ovinos, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Federação da Agricultura do Estado de Santa Catarina (FAESC), e Associação Rural de Lages.

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