Pecuária de corte vocação e inovação para o desenvolvimento catarinense

A pecuária de corte está presente em 87% dos estabelecimentos rurais do planalto sul catarinense, uma vocação natural da região, desde sua colonização a mais de 300 anos. Apesar de sua importância econômica, a pecuária de corte apresenta um perfil de baixo uso de tecnologias e gerenciamento dos recursos disponíveis, principalmente por não haver até o momento iniciativas de fortalecimento e desenvolvimento para o setor.

Através de uma iniciativa pioneira no Estado, a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) juntamente com  a Associação e Sindicato Rural de Lages e Embrapa Pecuária Sul com o apoio financeiro da FAPESC e Governo do Estado, foi lançado em 2011, o projeto para o desenvolvimento da pecuária de corte catarinense. O livro “Pecuária de corte vocação e inovação para o desenvolvimento catarinense” é uma publicação que sintetiza os resultados de 48 meses deste projeto.  Apresenta resultados obtidos em mais de 14 propriedades, dentre os quais estão a redução de idade de entoure de novilhas em um ano (de três para dois anos), aumento de 25% índice de natalidade, comercialização de terneiros mais pesados, abate de novilhos ao sobreano com cruzamentos orientados para o mercado, ofertando carne de qualidade.

Os alcances do projeto recebeu reconhecimento da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), com o certificado de Boas Práticas para o Desenvolvimento Sustentável, em 2015 e o Prêmio Expressão de Ecologia da FIESC/Editora Expressão na categoria agropecuária em 2013.

Os resultados do projeto estão registrados no livro, sintetizando e demonstrando a possibilidade consolidar a pecuária de corte como uma cadeia produtiva de valor no médio prazo. Promovendo o desenvolvimento sócio econômico de Santa Catarina, reduzindo o déficit de mais de R$ 1 bilhão gastos pelo Estado anualmente para importação de carne bovina de outros estados.

O lançamento ocorre na abertura oficial da Expolages 2016, quinta-feira, 13 de outubro às 19h, no Parque de Exposições Conta Dinheiro.

O apoio da FAPESC foi fundamental por acreditar no financiando de um projeto de desenvolvimento em uma das últimas cadeias produtivas do Estado a ser desenvolvida, a pecuária de corte.

Expolages inicia na próxima semana

Tem início na próxima semana uma das maiores feiras multissetoriais de Santa Catarina, a Expolages, que terá sua abertura oficial no dia 13 de outubro, quinta feira, às 19 horas, no Parque de Exposições Conta Dinheiro.

 

O diferencial desta edição ficou por conta de um novo conceito da feira multissetorial, apresentado pela ACIL, que focou na exposição de produtos e divulgação de serviços oferecidos por empresas de Lages e região. Serão cerca de 55 empresas, de diversos segmentos, fomentando a indústria, construção civil, comércio e serviços da região, nos Pavilhões Afonso Ribeiro e Tito Bianchini. “Muitas empresas apostaram neste novo conceito e a ACIL agradece a cada uma delas pela confiança depositada. Estaremos durante os quatro dias de feira esperando a visita de todos os associados da ACIL e da comunidade em geral”, declarou Sadi Montemezzo, presidente da ACIL.

 

A Expolages é uma realização do Sindicato Rural de Lages e ACIL e deve receber um grande número de visitantes, entre eles diversas autoridades e lideranças, entre os dias 13 e 16 de outubro. O evento tem entrada franca e trará aos seus visitantes as melhores oportunidades de negócio repetindo o sucesso das edições anteriores.

Parceria entre ACIL e Sebrae promove mais uma Sessão de Negócios para Expolages

Visando estimular novos negócios, o Conselho dos Núcleos da ACIL e o Sebrae repetirão a parceria de outros anos e realizarão mais uma edição da Sessão de Negócios durante a Expolages. O evento ocorre no dia 15 de outubro, às 9h00min, na Pista Carlos Lopes, no Parque de Exposições Conta Dinheiro.

A expectativa é reunir cerca de 60 empresas, de diversos segmentos, para troca de informações, divulgação de produtos e serviços e fomentar negócios entre os participantes. O valor das inscrições para nucleados, associados e expositores é de R$ 40,00 e para não associados R$ 60,00 e poderão ser feitas através do email acil@acilages.com.br ou diretamente na ACIL, até o dia 13 de outubro.

Como funciona

A sessão de negócios é uma metodologia do Sebrae de Santa Catarina, onde os participantes ficam em mesas distribuídas em uma sala. Um moderador coordena os trabalhos sendo que cada empresário tem um tempo determinado para apresentar os serviços, entregar cartões, folders e materiais promocionais, até que todos tenham sido apresentados uns aos outros.

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Tecnologia e inovação – Visitantes poderão conhecer três empresas virtuais durante Expolages

Nesta edição da Expolages, que ocorre entre os dias 11 e 16 de outubro, o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina ( Sebrae/SC) levará ao evento o Espaço Conceito Virtual. O ambiente oferece dispositivos que apresentam modelos de lojas, restaurantes e estufas aos visitantes de modo virtual. Além disso, consultores darão dicas e ajudarão a construir modelos de negócios baseados na metodologia Canvas.

 

A ideia do Espaço Conceito Virtual é ilustrar três diferentes ambientes empresariais de maneira sustentável e mostrar como essas empresas funcionam na prática. São três cenários diferentes que possibilitam a interação do público com a utilização de um óculos de realidade virtual. “ Os participantes terão uma visão geral dos conceitos de cada um desses empreendimentos. Isso tudo em menos de 10 minutos”, explica o coordenador regional do Sebrae, Altenir Agostini.

 

No aplicativo com o modo estufa, por exemplo, o empreendedor conhece um tipo de oportunidade para o agronegócio.  Além de uma breve introdução do tema, no final eles saem com um material de apoio com informações mais detalhadas sobre o assunto.

 

Modelos de negócios com o Canvas

Nos estandes do Sebrae, consultores estarão à disposição do público para falar sobre a metodologia Canvas. Essa é uma ferramenta de planejamento estratégico que permite desenvolver e esboçar modelos de negócio novos ou existentes.

 

Nele é possível formar o conceito do negócio, ou seja, a forma como o empreendedor irá operar e gerar valor ao mercado, definindo seus principais fluxos e processos, permitindo uma análise e visualização do modelo de atuação no mercado.

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Texto: Catarinas Comunicação

Foto: Divulgação

 

Estrutura da Expolages 2016 está sendo montada

Estrutura da Expolages 2016 está sendo montada Lages – 04/10/2016 – A estrutura para receber a maior feira agropecuária de Santa Catarina promovida pela Associação Rural em parceria com a Associação Empresarial (ACIL), e com apoio da FAESC e SENAR está sendo trabalhada visando a comodidade dos expositores e visitantes. O evento irá acontecer entre os dias 13 e 16 de outubro, no Parque de Exposições Conta Dinheiro. Na parte externa, a montagem do pavilhão dos julgamentos está quase pronta. Ainda nesta semana será instalada a cobertura nos corredores do Parque. Nos pavilhões, o trabalho é com os estandes da Feira Multissetorial envolvendo a indústria e o comércio. “Todos os espaços foram comercializados, inclusive, na área externa, em que teremos expositores do agronegócio, laboratórios veterinários, implementos agrícolas, veículos, entre outros”, ressalta o presidente da Associação Rural de Lages, Márcio Pamplona.

Mangueiras cobertas

A Feira deste ano irá receber em torno de 1,3 mil animais, entre bovinos, equinos e ovinos. E, a maior novidade da Expolages para o evento é a montagem da cobertura das mangueiras, numa área com mais de 3 mil e 200 m². Será a única mangueira coberta de Santa Catarina, e está sendo construída com recursos próprios da Associação Rural, num investimento superior a R$ 600 mil. O projeto visa o bem estar dos animais e dos próprios compradores que poderão revisar os lotes sem a preocupação com o tempo chuvoso e a lama. O benefício irá se estender a outros eventos do gênero a partir de agora. Em média, as mangueiras são utilizadas pelo menos duas vezes por mês, tanto para leilões da Associação quanto de particulares.

Eventos paralelos

Além das exposições de animais, da indústria e do comércio, eventos paralelos também foram programados para acontecerem durante a Feira. Entre eles, uma reunião regional da Federação da Agricultura do Estado de Santa Catarina (FAESC), envolvendo os 25 sindicatos do Planalto Serrano. Também um ciclo de palestras sobre genética animal, que ficará por conta da empresa Alta Genetics do Brasil, com sede em Uberaba (MG). Além disso, irá acontecer também durante a Expolages, o tradicional curso de jurados da raça hereford.

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Mais informações: Associação Rural – fone – (49) 3225 3802

Assessoria de Imprensa – (49) 9148 4045 – pchagas@brturbo.com.br

Profissionais de áreas Técnicas da Cidasc participam de reunião em Lages

Durante os dias 8 e 10 de agosto, o Departamento Regional da Cidasc de Lages sediou a reunião das diretorias, gestores, responsáveis estaduais de programas e coordenadores das 19 regionais que compõem a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina. O encontro proporcionou que os profissionais abordassem diretrizes para manutenção do status sanitário e reconhecimento internacional do Estado no âmbito da Defesa Agropecuária. Segundo o médico veterinário Bernard Borchardt, responsável pela Defesa Sanitária Animal da Regional de Lages, o intercambio de ideias é de “suma importância para a continuidade da Excelência Agropecuária Catarinense”.

Estiveram presentes na reunião: a Diretora de Defesa Agropecuária da Cidasc, Priscila Belleza Maciel; a Diretora Comercial, Priscila Paganini Costa Ferrari; o gestor do Departamento Estadual de Defesa Sanitária Animal, Marcos Vinícius de Oliveira Neves; os responsáveis pelo Programa Nacional de Prevenção da Febre Aftosa, Flavio Pereira Veloso e Cláudia Scotti Ducioni Matos; a responsável pelo Programa Nacional de Controle de Brucelose e Tuberculose, Karina Diniz Baumgarten; o responsável pelo Programa Nacional de Controle de Raiva em Herbívoros, Fábio de Carvalho Ferreira; os responsáveis pelo Controle Estratégico de Trânsito em Santa Catarina,  Rosemberg Tartari e Renata G. M. Metidsch.

Além de assuntos referentes a manutenção do status sanitário do setor agropecuário, a reunião promoveu discussões a fim de padronizar as atividades executadas pelos Programas de Defesa Sanitária Animal, além de atualizar os profissionais que atuam na área. Também foi dado início ao Segundo Ciclo de Vigilância Ativa para Febre Aftosa em Santa Catarina, ação que no estado é realizada pela Cidasc.

Santa catarina ocupa lugar de destaque no agronegócio brasileiro, assim, há a permanente necessidade de monitorar e prevenir a ocorrência de doenças no estado, bem como garantir a manutenção do atual status sanitário. “A Cidasc não tem medido esforços para manter seu quadro técnico atualizado, investindo em treinamentos e capacitação, visando manter, assim, a saúde do plantel do estado”, destacou a Diretora de Defesa Agropécuária da Cidasc, Priscila Belleza Maciel.

Febre Aftosa

A febre aftosa é uma doença causada por um vírus, que ataca principalmente os bovinos. Pode aparecer também em suínos e, de forma menos grave em ovinos e caprinos. É uma doença altamente contagiosa que pode ser transmitida através do ar; pelo contato com animais doentes; alimentos ou água contaminados; por pessoas que tiveram contato com animais doentes ou por veículos que passaram pelo local onde havia animais contaminados.

A febre aftosa causa aftas na boca, patas e no ubre dos animais. Quando as aftas se rompem aparecem úlceras que ficam em “carne viva”. As lesões na boca fazem o animal babar muito. Eles não conseguem se alimentar e acabam emagrecendo. A produção de leite cai e as feridas podem fazer os animais mancarem.

Para prevenir a entrada da doença, alguns cuidados são necessários, como evitar a entrada de veículos e pessoas estranhas na área de criação de animais e não alimentar suínos com restos de alimentos; adquirir apenas bovinos identificados, com os brincos da Cidasc.

Vale destacar que Santa Catarina possui o status de zona livre da doença sem vacinação certificada internacionalmente pela Organização Mundial de Saúde Animal – OIE, desde 2007.

 

Fonte: http://www.cidasc.sc.gov.br/

Polícia Militar Ambiental apresenta plano de controle do javali

O plano foi estudado e desenvolvido por policias e técnicos ambientais e contempla o controle da espécie na região.O plano e as ações foram apresentados pelo major Adair Pimentel e pelo soldado Diego Kuster. Dados sobre ataques de javali e acidentes ocorridos pela caça ilegal chamaram a atenção. Na apresentação reportagens de jornais mostraram que a espécie é um problema mundial e que o controle é necessário e urgente.

Sobre a liberação de permissões para caçar já houve uma desburocratização das licenças. Só neste ano mais de 240 autorizações foram expedidas. O tempo para a liberação também reduziu para no máximo sete dias. “Há um cuidado em saber quem irá caçar. A pessoa precisa estar preparada para o manuseio de armas específicas e, principalmente treinada para enfrentar os perigos e saber diferenciar a espécie das demais nativas”, alertou o major.

O projeto desenvolvido pela Cia de Lages contempla a utilização de aplicativos, armadilhas e a caça regular da espécie. Um projeto desenvolvido em parceria com a Universidade do Sul do Estado (Unisul) tem por objetivo fazer um estuo aprofundado da espécie e fazer um diagnóstico da situação do animal. Para que isso ocorra um colar com GPS deve ser implantado em alguns animais para saber com exatidão as coordenadas geográficas percorridas pelo animal.

O projeto foi desenvolvido por técnicos da Unisul e apresentado pelo professor Rodrigo Mendonça, que alertou para um problema futuro relacionada a qualidade da carne produzida e exportada pro Santa Catarina. “Temos uma preocupação muito grande com a questão sanitária, isso pode interferi diretamente na economia do estado que é hoje o único livre de aftosa”, explicou.

Na educação ambiental o tema também será trabalhado. Uma cartilha está sendo desenvolvida e deve passar a ser distribuída nas escolas.

Com o plano finalizado a Polícia Ambiental busca agora recursos para colocar em prática todas as ações. “Temos que tratar o problema na raiz. Entender todo o processo de criação desse animal e como controlar de forma eficiente”, disse o major.

 

Fonte:: http://www.scrural.sc.gov.br/

Colombo está na Coreia do Sul para negociar a exportação

Governador Colombo está na Coreia do Sul para negociar a exportação de carne suína de SC

Procedentes de Madri, na Espanha, o governador Raimundo Colombo, o secretário de Assuntos Internacionais, Carlos Adauto Virmond Vieira, e o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Gelson Merísio, desembarcaram em Seul, por volta das 16h deste domingo (horário sul-coreano), para dar continuidade às negociações para venda de carne suína de Santa Catarina para a Coreia do Sul. O diretor financeiro e de relações com investidores da Celesc, José Carlos Oneda, também faz parte da delegação catarinense.

Ainda no Aeroporto Internacional de Incheon, a 30 minutos da Capital, a missão catarinense foi recebida pelo embaixador do Brasil, Luis Fernando Serra. O embaixador manifestou-se entusiasmado com o sucesso das tratativas realizadas pelo Governo de Santa Catarina.

O secretario da Agricultura e da Pesca, Moacir Sopelsa, o médico veterinário do Instituto Catarinense de Sanidade Agropecuária (Icasa), Diogo Ramôa Ramos, e o presidente do Sindicato da Indústria de Carnes de Santa Catarina (Sindicarnes), Ricardo Gouveia, que fazem parte da missão de SC, estão em Seul desde o último sábado.

No hotel, no início da noite deste domingo, o governador Colombo e o secretario Moacir Sopelsa discutiram detalhes da agenda prevista para esta segunda-feira para dar continuidade às negociações, processo que está em andamento desde 2009, quando a primeira missão técnica catarinense esteve em Seul.

Em 2011, o governador Raimundo Colombo visitou a Coreia do Sul para dar prosseguimento aos contatos com representantes do governo sul-coreano. No mesmo período, Colombo esteve em Tóquio, no Japão, que, a partir de 2013, começou a importar carne suína de Santa Catarina.

Nesta segunda-feira, estão previstos dois encontros na cidade de Sejong, a três horas de ônibus de Seul. O primeiro contato será na sede do órgão de controle sanitário da Coreia do Sul, a partir das 11h, horário local. A segunda reunião, marcada para as 16h, será com o diretor-geral do escritório de Cooperação Internacional do Ministério da Agricultura, Kim Duk-ho.

O presidente do Sindicarnes, Ricardo Gouveia, disse ao governador que Santa Catarina já tem o certificado sanitário internacional e o sistema de defesa animal praticamente aprovados pela Coreia do Sul. Se a exportação for autorizada, Gouveia projeta a comercialização de pelo menos 30 mil toneladas de carne suína por ano, um volume considerado excelente.

O secretário Moacir Sopelsa informou que os próximos passos preveem que uma missão sul-coreana irá a Santa Catarina para habilitar os frigoríficos que exportarão a carne suína. Além de ter o certificado de zona livre de febre aftosa, Santa Catarina também obteve o selo de área livre de peste suína clássica, designado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), com sede em Paris.

O governador Raimundo Colombo disse estar otimista com o avanço nas negociações com a Coreia do Sul. “Conseguir a liberação da Coreia do Sul para a exportação da carne suína de Santa Catarina é uma grande conquista, não só para a suinocultura, mas para as relações entre os sul-coreanos e os catarinenses”, destacou Colombo, ao lembrar que o estado já consolidou as exportações para o Japão.

O estado de Santa Catarina é o maior produtor e exportador nacional de carne suína do Brasil. São cerca de dez mil criadores integrados às agroindústrias e independentes, que produzem anualmente cerca de 850 mil toneladas de carne suína. Entre os atuais principais países de destinos da carne suína catarinense, estão Rússia, China, Angola, Cingapura, Chile, Japão, Uruguai e Argentina.

Fonte: Governo do Estado de Santa Catarina

Preço do litro do leite chega a R$ 6 em SC

A redução das pastagens por conta da chegada do frio e o reajuste do preço dos insumos – como o milho e farelo de soja – para alimentação das vacas são os vilões do novo aumento do valor do leite em Santa Catarina. Outro reflexo da elevação, segundo o Conselho Paritário Produtores e Indústrias de Leite de Santa Catarina (Conseleite), é que muitos criadores venderam parte do gado leiteiro para o abate por causa da valorização da carne bovina.

Por isso, a entidade anunciou na semana passada novos valores de referência para junho, com aumento de R$ 0,07 a R$ 0,09 centavos (ou 7%) sobre os preços do mês anterior para a indústria. No entanto, o aumento sentido nos mercados é bem maior que essa porcentagem.

Em Blumenau, o preço médio da caixinha é de R$ 3,65, conforme consulta realizada pela reportagem ontem pela manhã – valor 26% maior do que a média duas semanas atrás.

Na Capital, semana passada os preços dispararam e o litro de caixinha já se aproxima dos R$ 4, enquanto custava pouco menos de R$ 3 no começo do ano. Nos mercados de bairro, onde os preços dos produtos são mais altos, a reportagem encontrou o litro de uma marca conhecida a R$ 6,68.

Os derivados do produto, como a manteiga e o requeijão, também subiram. Esse reajuste faz com que as pessoas tenham mais cautela na hora da compra, como o casal Irineu Harbs, de 70 anos, e Lia Harbs, 65, que está atento ao dia de promoção.

– Não dá mais para comprar leite a qualquer momento – afirma a dona de casa.

Os reflexos das dificuldades dos produtores poderão ser sentidos no preço do leite até setembro. É isso que prevê o vice-presidente do Conseleite, Adelar Maximiliano Zimmer. Segundo ele, não há indicativo de melhora na produção, que venha a diminuir o preço no Estado.

– O consumidor vai ter que se acostumar com esse preço, porque daqui para frente é impossível produzir um leite que possa chegar a R$ 2 na prateleira do mercado. A tendência, inclusive, é de alta até agosto e setembro. Deve ser algo gradativo pelos próximos três meses – explica.

Ontem, após reunião entre cooperativas leiteiras do Estado, foi decidido um novo aumento de R$ 0,12 para o mercado. SC é o quinto Estado em produção de leite no Brasil. São 2,8 bilhões de litros produzidos anualmente, por 80 mil trabalhadores – a maioria no Oeste, responsável por 74% da produção.

Para driblar esse aumento em meio à crise econômica há saídas, segundo o economista e professor da Furb, Bruno Tomio. A primeira é a velha pesquisa. Para se ter ideia a diferença de preço entre produtos da mesma marca chega a R$ 0,71 (20%), segundo consulta feita pela reportagem.

– A pessoa vai ter que pegar encartes, comparar e até mesmo procurar os dias específicos em que o produto é mais barato – sugere.

Na pesquisa, também foi notada grande diferença no preço dos populares “saquinhos” para as “caixinhas” de leite. Outra sugestão do economista é trocar o leite por outros itens quando possível.

 

Fonte: http://dc.clicrbs.com.br/

Falta de milho atinge Oeste de Santa Catarina

Falta de milho atinge agroindústrias do Oeste de Santa Catarina

A escassez de milho está se agravando e enquanto algumasagroindústrias adotam férias coletivas para reduzir custos, outras estão até sem ração, como é o caso da Globoaves. Integrados de Lindóia do Sul denunciaram que estão recebendo ração de forma fracionada e que algumas aves começam a morrer.

A Globoaves reconheceu por meio da assessoria de imprensa que o abastecimento estava prejudicado, mas não confirmou a morte de frangos no campo. No entanto, disse que chegou a pedir ração para outras agroindústrias para atender a demanda.

– Não tem milho no Brasil inteiro – chegou a reclamar uma funcionária da empresa, antes de repassar o contato da assessoria.

A empresa já havia dado férias coletivas para 600 funcionários da unidade catarinense no início do mês, como estratégia para reduzir custos. O abate retorna na próxima semana, mas com redução de 50 mil para 40 mil aves/dia. A Aurora Alimentos vai dar férias coletivas para os 1,4 mil funcionários da unidade de Abelardo Luz, metade em julho e metade em agosto.

Isso vai refletir numa redução de 5% na produção de aves. A BRF também reduziu um turno de linguiças frescais em Concórdia, remanejando 100 funcionários. Com a crise econômica, refletindo em perda de poder aquisitivo e desemprego, há uma baixa de consumo ou migração para produtos mais baratos.

O diretor-executivo da Associação Catarinense de Avicultura (Acav) e do Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados (Sindicarne), Ricardo Gouvêa explica que o setor vinha alertando os órgãos governamentais de que a escassez do milho poderia comprometer a saúde financeira das agroindústrias, como ocorreu em 2012, quando empresas menores foram absorvidas por maiores. A saca de milho, que estava a R$ 26 no ano passado, passou para R$ 52. Algumas empresas foram buscar milho na Argentina e no Paraguai.

– A Conab teria que ter atuado ofertando milho em época de escassez para fazer cair o preço – reclamou Gouvêa.

Gouvêa espera que a principal matéria-prima de alimentação de aves e suínos tenha uma queda nas próximas semanas, com a entrada da segunda safra do Paraná e Centro-Oeste.

Enquanto isso, as agroindústrias vão dando férias esperando que a situação melhore para não ter que demitir.O setor representa 60 mil empregos diretos em Santa Catarina. O vice-prefeito de Lindóia do Sul, Pedro Bringhenti (PSD), disse que a agroindústria responde por 24% do movimento econômico do município.

O que está segurando o setor são as exportações. Em volumes houve um crescimento de 15,4% em aves e 68% em suínos no primeiro quadrimestre, segundo dados da Associação Brasileira de Proteína Animal.

 

Fonte: Diário Catarinense