Separação menor de lotes no confinamento otimiza engorda

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Manejo racional apresenta pequenos detalhes que podem aumentar o bem-estar do rebanho

Ambiente confortável, manejo tranquilo e sanidade em dia são atributos indispensáveis para impulsionar o gado até o cocho e elevar o consumo. Vários estudos feitos dentro e fora do Brasil já comprovaram que animais calmos ganham mais peso e ainda reduzem o número de lesões, o que evita desperdício para o pecuarista na hora do abate.

A norte-americana doutora em zootecnia Temple Grandine é a maior referência em bem-estar animal e afirma ser vantajosa a relação harmoniosa do criador com o gado:

– Animais calmos ganham mais peso. Existem cerca de dez publicações a esse respeito. Animais estressados antes do abate apresentarão cortes mais escuros e carne mais dura. Fora isso, os animais agitados podem machucar as pessoas e machucar a eles próprios e podem ter hematomas, o que tem custado a indústria milhões de dólares por ano, já que essas partes da carne têm que ser cortadas e descartadas.

No Brasil, em 1934, já se falava em medidas de respeito e proteção aos animais criados para fins econômicos. Mas, de acordo com a especialista, o conceito ainda não foi totalmente incorporado por quem lida com o gado e ainda há muito a ser feito.

– Quando o dono da fazenda ou alguém responsável por fiscalizar está assistindo, o manejo é muito bom. Mas quando a equipe não está sendo supervisionada, ou acha que não está sendo supervisionada, voltam a acontecer os choques e a gritaria. Então um dos grandes problemas é a supervisão.

No confinamento Monte Alegre, no município de Barretos (SP), tudo é pensado para criar um ambiente mais calmo e confortável para o gado desde o manejo no curral de processamento até o conforto térmico na área de engorda. A respeito disso, o pecuarista André Luiz Perrone Reis declarou:

– Esse bem estar é uma preocupação que temos desde a recepção desses animais: a adaptação desses animais ao cocho, a qualidade do processamento – é algo que fez diferença.

As diferenças ficaram evidentes em uma experiência feita com diferentes tamanhos de lotes dentro dos currais de engorda: por dois anos foram comparados dados de ganho de peso de um lote com 220 animais e outro com 120 animais. Segundo o consultor do confinamento, os animais que estavam em lotes menores tiveram melhor desempenho que os outros do lote maior.

– Essa diferença foi da ordem de 4 a 6 % de eficiência pior para os animais que ficaram em lotes maiores. Na prática, a gente via mais competição dentro do curral, formação de subgrupos. À tarde tinha muito mais briga, muita competição por alimento; a dificuldade em estabelecer hierarquia também é maior quando o lote é maior, já que os animais ficam mais acomodados em lotes menores – recomendamos abaixo de 130 bois. – afirma Luciano Morgan, zootecnista.

Fonte: http://pecuaria.ruralbr.com.br/

Eventos mostram o potencial econômico da pecuária de corte na Serra Catarinense

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Lages – São em propriedades de referência que fazem parte do Projeto Redes de Propriedades de Referência Tecnológica (REPROTEC), que vem sendo conduzido há três anos, e possui resultados e bons exemplos consolidados, para transformar a pecuária da região serrana em uma atividade rentável, aproveitando as oportunidades do mercado e a vocação histórica da região.

Numa dessas propriedades, na localidade de Santo Antônio dos Pinhos, em São José do Cerrito, ocorreu uma dessas tardes de campo, visando apresentar os resultados de evolução da propriedade pertencente à família Schneider. Apesar de pequena, a propriedade possui bons índices obtidos com a aplicação de tecnologias recomendadas pelo projeto. Foram promovidos ajustes como o manejo reprodutivo, sanitário do rebanho, ajustes na adubação e manejo adequado de pastagens para alcançar a terminação de novilhos precoces ao sobreano. Com a evolução do sistema, a propriedade alcançou uma lotação média de 1,5 unidades animais/ha, isto equivale a uma lotação 3,5 vezes maior do que a média das propriedades da região. Além do aumento da lotação os demais índices também evoluíram. Como exemplo a natalidade, que inicialmente era de 70%, passou para 92%, neste ano. Os 38 terneiros desmamados em maio com 220 kg de peso vivo/cabeça passaram a alimentar-se em 13,4 hectares de pastagens perenes de inverno, planejadas para a terminação. Estes animais hoje estão com idade média de 11 meses e peso vivo médio de 286 kg, ganho médio diário de 1,4 kg/cabeça/dia, fruto de uma alimentação equilibrada pelo manejo adequado das pastagens.

Da mesma forma, uma visita técnica para avaliação do sistema de cria foi realizada na fazenda Cipó, na Coxilha Rica, numa propriedade que pertence a quatro gerações à família do Sr. João Machado. Nesta propriedade os índices de avaliação multiplicados comprovaram a dobra da produção. Novilhas de primeira e segunda cria manejadas em pastagens naturais melhoradas obtiveram uma dieta de melhor qualidade e expressaram índices de 85% de natalidade na segunda parição, aproximando-se da meta produtiva de 1 terneiro/vaca/ano.

Potencial para o desenvolvimento regional

Estes eventos são uma iniciativa para apresentar o potencial de pecuária de corte para a geração de renda na Região Serrana com o intuito de multiplicar boas experiências. Existem tecnologias adaptadas para diferentes sistemas e realidades. Seja para a pecuária de cria com base em pastagens naturais, ou em sistemas de ciclo completo intensificados, que podem agregar valor maior a carne produzida na região. Em função do rebanho de aproximadamente 530 mil matrizes criado na região é possível aumentar a produção em 132.000 terneiros/ano com tecnologias muito simples, como as apresentadas nas propriedades de referência. A terminação dos terneiros em sistemas intensivos a base de pasto podem agregar maior valor a cadeia produtiva, atendendo o mercado interno catarinense, reduzindo a necessidade de importação de carne pelo Estado que hoje é da ordem de 40%.

O impacto econômico gerado com a pecuária moderna com base em tecnologias e metas produtivas, tem potencial para transformar a realidade da economia local, aproveitando oportunidades que a região possui como o potencial produtivo das pastagens, vocação do serrano para a pecuária de corte e o mercado local e internacional aquecidos para os próximos anos.

Informações:
Eng. Agro. Cassiano Eduardo Pinto – Estação Experimental de Lages
Eng. Agro. Newton Borges da Costa Júnior – Gerência Regional de Lages
Assessoria de Imprensa

Fonte: http://www.lagesrural.com.br/

Criadores recebem indenização por abate de animal contaminado em SC

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Medida vale para abate de animais com brucelose e tuberculose.
Objetivo é diminuir o prejuízo no campo e incentivar notificação de doenças.

Os criadores de Santa Catarina que precisaram sacrificar os animais contaminados com brucelose e tuberculose têm direito a receber uma indenização. O objetivo é diminuir o prejuízo no campo e incentivar a notificação das doenças.

Na propriedade da criadora Analice Trentim, em Coronel Freitas, no oeste de Santa Catarina, 25 vacas foram sacrificadas depois da compra de um animal que contaminou parte do rebanho com brucelose. A produção de leite caiu de 500 para 100 litros por dia. Para compensar o prejuízo, o estado pagou uma indenização de R$ 45 mil. “A gente ganhou esse dinheiro, conseguiu repor uma parte do plantel e sobrou um pouco para fazer outros investimentos”, diz.

O criador Moacir Testa, que teve de sacrificar 18 das 23 vacas da propriedade pela mesma doença, recebeu R$ 23 mil de indenização. “A gente consegue identificar na hora que começa perder cria ou o terneiro nasce deficiente”, diz.

Todos os produtores catarinense que precisam sacrificar animais por motivo de doença podem contar com esse apoio. “O estado de Santa Catarina há dez anos indeniza os criadores que precisam sacrificar animais por doenças para fazer deles parceiros. Dessa forma, o agricultor não esconde os animas. Com a indenização nós conseguimos mais rapidamente encontrar os animais doentes e eliminá-los do nosso rebanho e reduzir o processo de contaminação”, diz Airton Spies, secretário de Agricultura de Santa Catarina.

Até 2017, a Secretaria da Agricultura pretende acabar a tuberculose e a brucelose no Estado. Atualmente, 0,6% das propriedades rurais ainda enfrentam o problema. O objetivo é chegar à meta abaixo de 0,2%, quando a situação é considerada controlada pela Organização Mundial de Saúde Animal.

Essas doenças prejudicam a produção de carne e leite, além de poderem ser transmitidas às pessoas que convivem com os animais ou que consomem os produtos. Desde 2004, quando o sistema de indenizações foi implantado, cerca de 2,8 mil criadores foram beneficiados.

Fonte: http://www.cidasc.sc.gov.br/

Entenda porque são feitas as queimadas

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A queima que acontece controlada por órgãos fiscalizadores é realizada por produtores para a renovação das pastagens. “O produtor rural deve buscar um profissional habilitado, o qual apresentará, mediante projeto técnico, pedido de autorização para queima controlada”, explica o Capitão da Polícia Ambiental de Lages, Frederick Rambusch.

A Polícia Ambiental está, nesta época do ano, totalmente dedicada à fiscalização da queima controlada, em alguns casos é solicitado efetivo de outras partes do Estado para auxiliar na fiscalização.

Realizar a queima de campos sem autorização da FATMA é crime. Além de ser multado, o proprietário da área responde a um processo administrativo que é encaminhado ao Ministério Público.

Além da Polícia Ambiental, o Sindicato Rural também realiza encontros orientando os produtores com relação a forma que se deve fazer as queimas de campos. A queima descontrolada e irregular da vegetação pode gerar o empobrecimento do solo com perda da fertilidade e matéria orgânica, vulnerabilidade, desagregação e carreamento, erosões devido à perda de vegetação, morte de animais e emissão de gás carbônico.

Fonte: http://www.lagesrural.com.br/

Expolages 2014: o desafio é fazer cada vez melhor

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Portanto, visando manter o alto nível, a Expolages 2014, prevista para 14 a 19 de outubro, está sendo bastante pensada. O objetivo é propiciar novas alternativas de negócios e superar todos os bons indicativos registrados no ano anterior.

No tocante ao agronegócio, uma das novidades vem da Associação dos Produtores de Leite (Aproleite), que este ano, decidiu incorporar a Mercoleite, à Expolages, ampliando assim significativamente o número de animais a partir de exposição validada pelo ranking estadual do setor. “Vamos ultrapassar a capacidade de animais à galpão, e, em razão disso teremos que montar estruturas alternativas para atender a nova logística, ressaltou o presidente da Associação Rural de Lages, Márcio Pamplona. E, dentro da logística para atender os animais de raças leiteiras que virão de todo o Estado, além de novos alojamentos para os animais, deverá ser ampliado o estacionamento para os caminhões e expositores; dobrar principalmente os cuidados com a alimentação, além da necessária atenção à organização paralela para os julgamentos. A inclusão da Mercoleite na Expolages deve resultar em mais visibilidade à Exposição, devendo torná-la num dos maiores eventos do agronegócio, indústria e comércio do Sul do País. “Somem-se os demais animais do gado geral, raças britânicas, cavalos crioulos e os ovinos, imagino que teremos em torno de 1,7 mil animais no Parque Conta Dinheiro. Um novo recorde”, disse Pamplona.

Além da exposição de raças leiteiras, os tradicionais leilões de animais seguem como ponto alto. Serão quatro ou cinco leilões durante a feira. Entre eles, o de angus, que se configura no evento de Lages, na segunda maior exposição da raça do Brasil.

Por outro lado, neste ano, a Federação da Agricultura do Estado de Santa Catarina (FAESC), definiu fazer novamente na Expolages, a reunião anual entre todos os presidentes de Sindicatos Rurais do Estado, no dia 17 de outubro, com a promoção de palestras dirigidas, a exemplo de 2012 quando estiveram em Lages a senadora Kátia Abreu e o empresário José Batista Junior, do Grupo JBS Friboi. Ainda durante a feira, outras palestras deverão ocorrer.

No campo artístico cultural, está confirmada a realização de mais uma edição do festival nativista Ronda da Canção Gaúcha.

Fonte: http://www.lagesrural.com.br/

Produtor de bovinos tem três opções: modernizar, arrendar ou vender, afirma especialista

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A demanda de carne bovina em 2025 exigirá qualidade e sanidade e para atender esta mudança de comportamento da população, a produção deverá ser planejada, padronizada, rastreada e certificada. A afirmação foi feita diretor da SRB – Sociedade Rural Brasileira, Francisco Vila, durante palestra ministrada na Etapa Campo Grande do Circuito Expocorte. O evento aconteceu dias 30 e 31 de julho, no Centro de Convenções Albano Franco e foi promovido pela Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária de MS e pela Verum eventos.

Segundo Vila, que é também coordenador de conteúdos do Circuito Expocorte, para continuar na pecuária o produtor terá apenas três opções: modernizar, arrendar ou vender suas terras. “Não será possível permanecer na atividade apenas fazendo como os nossos avôs faziam. Até 2025, pelo menos 30% dos pecuaristas sairão da atividade, ou seja, venderão suas terras”, afirmou Vila durante a palestra ‘Sucessão familiar: Minha fazenda em 2025’.

O especialista destacou que na pecuária tradicional, de décadas anteriores, o animal permanecia 36 meses no pasto, agora o bovino é abatido com 24 meses, mas a tendência é de vendas antecipadas. “Em 2020, iremos vender nosso boi ao frigorífico antes mesmo de comprar o sêmen, já estamos tecnicamente prontos para isso”.

Vila ressaltou que o grande desafio da sucessão familiar é a transição de liderança e tornar o negócio familiar atrativo para os filhos. “É preciso reestruturar, reinventar, fazer uma reengenharia dos nossos negócios. No caminho da pecuária, a terra é o patrimônio, o boi é a receita, a tecnologia é o conhecimento”, enfatizou Vila, afirmando que no mercado onde se produzirá cada vez mais com menos pessoas, é fundamental a motivação.

Fonte: http://www.canaldoprodutor.com.br/

Reação vacinal em bovinos pode provocar perdas econômicas para o pecuarista

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Ao calcular as perdas, o resultado da reação vacinal alcançou o valor máximo de 6,5 quilos por animal

A reação vacinal pode provocar perdas de até R$ 50 por animal. Os prejuízos econômicos, provenientes de descarte de carnes, são causados por vários fatores, entre eles a aplicação inadequada das doses e a composição das vacinas.

A constatação faz parte do projeto Na Medida, desenvolvido em parceira com a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), a Universidade Estadual Paulista (Unesp), Campus de Botucatu-SP, e a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Campus de Sinop-MT. A iniciativa contou ainda com a participação das empresas Beckhauser e Frialto.

De acordo com o estudo, considerado o valor da arroba do boi em R$ 115, as perdas por reação vacinal podem chegar a aproximadamente R$ 50 por animal. Sobre a pesquisa, o coordenador do projeto e professor da Unesp, Roberto de Oliveira Roça, conta que foram avaliados 1.012 bovinos, divididos em 19 abates, durante o ano de 2013.

– Os resultados foram analisados de forma coletiva, com apresentação dos valores totais de cada lote avaliado – explica o pesquisador.

Ao calcular as perdas, o resultado da reação vacinal alcançou o valor máximo de 6,5 quilos por animal, considerando 1,65% de lesões em relação ao peso vivo pré-jejum.

– Isso indica que há necessidade de informação e treinamento da prática de vacinação na propriedade rural, para que as perdas sejam reduzidas”, conclui Roça.

O superintendente da Acrimat, Luciano Vacari, acrescenta que medidas simples podem melhorar o manejo dos animais, como troca de seringas e a forma correta de aplicação das vacinas.

– Além disso, é preciso que o setor da pecuária discuta com as empresas de medicamentos e com o Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento a eficiência e composição das vacinas comercializadas no país – pontua Vacari.

O médico veterinário da Acrimat, Guilherme Nolasco explica que por serem vacinas oleosas, a forma de aplicação precisa ser mais cuidadosa.

– A absorção desse tipo de vacina é mais lenta e se mal aplicada pode provocar edemas, abcessos e contaminação da carne, cujos prejuízos são descontados no peso do animal no abate – diz Nolasco.

Ele lembra que a antiga utilização de doses aquosas diminuía com as perdas no processo de vacinação.

Outros problemas que podem prejudicar o rebanho e, consequentemente atrapalhar o ganho do pecuarista, são as condições estruturais do curral. Tábuas frouxas, piso sujo e encharcado podem aumentar o risco de contusões nos animais em função de escorregões e quedas.  A recomendação é que os pecuaristas percorram o caminho por onde os animais serão conduzidos, verificando se há pregos salientes, pedras, buracos, tábuas soltas, quinas, que podem prejudicar o andamento do manejo e causar danos aos animais.

Fonte: http://pecuaria.ruralbr.com.br/

2º Seminário de Pecuária da Serra Catarinense atrai participantes de SC e RS

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O Seminário se transformou numa grande oportunidade a mais de 700 produtores, técnicos e acadêmicos, para o real conhecimento do potencial da pecuária de corte para o desenvolvimento regional.

Ficou claro que a otimização do potencial de produção está ligado diretamente às pastagens e ao manejo delas em sistemas integrados; além da inclusão do manejo reprodutivo do rebanho de cria com foco nos resultados, e ainda a capacidade de investimentos em tecnologia e das principais fontes de captação de recursos. Estes foram os principais focos do 2º Seminário de Pecuária da Serra Catarinense, realizado no Parque Conta Dinheiro, em Lages, na quarta-feira (16/07).

O evento trouxe renomados palestrantes, que apresentaram diversos pontos de discussão, e que necessitam ser mais bem observados. Numa região rica em terra, água e luz, não há outra perspectiva a não ser o crescimento do agronegócio. No entanto, numa das palestras proferida pelo Prof. Dr. Aino Victor Jacques, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) ele disse que a pecuária em Santa Catarina anda devagar. Nas últimas décadas, cresceu apenas 40%, em comparação com as demais culturas, de grãos, por exemplo. Entre os caminhos para se chegar ao crescimento da pecuária, está o cuidado com as pastagens e a melhora das condições do solo. “É preciso que os produtores observem as tecnologias existentes, visando o aumento da rentabilidade e a produtividade da pecuária de corte”, ressaltou.

Outra recomendação do Dr. Aino é também para que se tome cuidado com as pastagens no pico do inverno, nos meses de junho e julho; e que se dê mais atenção aos campos nativos. Em razão disso, comentou ser completamente contra as queimadas, muito usadas na região, com a justificativa de que a rebrota é mais rápida.

Com dados de pesquisa, provou que a roçada, ao invés da queima, dobra a produção do pasto verde, e que resulta numa eficaz proteção e melhoramento dos campos nativos, abundantes na Serra Catarinense. “Além disso, a região tem mostrado que já trabalha com tecnologia e com as fontes de financiamentos existentes, o que só tende a aumentar os resultados”, disse.

Eficiência dos projetos

A diversidade do clima em Santa Catarina não impede a aplicação de técnicas de melhoramento de campo. Hoje a tecnologia, aliada às fontes de recursos pode tornar realidade todos os anseios de uma boa produção. A afirmação é do engenheiro agrônomo Newton Borges da Costa Jr, da Epagri de Lages. Conforme ele, a empresa tem mais de 120 projetos espalhados pelo Estado.

Porém, é preciso aumentar ainda mais o alcance, pois, os primeiros resultados são altamente positivos, com a eficiência comprovada de projetos que compreendem 29% da Serra Catarinense, 25% no Oeste e 13%, no Meio Oeste.

A maior preocupação é fazer com que os produtores abram-se para as novas oportunidades. Muitos não têm o hábito de buscar recursos em meios de acesso ao crédito; fogem da burocracia do sistema financeiro; protelam investimentos em tecnologia, e deixam de aplicar na propriedade assistência técnica efetiva. Estas foram algumas considerações expostas pelo palestrante.

Potencial

Os financiamentos de projetos a juro zero, propiciados pelo Governo do Estado de Santa Catarina foram muito elogiados pelas autoridades presentes e palestrantes. Por outro lado, entre as iniciativas de sucesso, o destaque ficou por conta do programa Campos das Tropas, que está em pleno crescimento, fornecendo carne de qualidade ao consumidor, graças à aliança entre criadores e a Associação Rural, que permite a comercialização em parceria com um supermercado de Lages, conforme explicou a médica veterinária Caroline Ramos Ribeiro.

O demonstrativo do potencial da pecuária de corte para o desenvolvimento regional, foi outro ponto que atraiu a atenção dos participantes do Seminário. Ficou explicitado o quanto a pecuária pode se desenvolver na região, com ampla capacidade de dobrar a produção de terneiros, e consequentemente, obter mais carne de qualidade, e transformar as propriedades em grandes redes de referência. O assunto foi abordado pelo Dr. Cassiano Eduardo Pinto, da Estação Experimental de Lages.

Segundo ele, está fácil para o produtor atingir em termos de produção, mais de 450 kg de peso vivo por hectare por ano, obtendo preços médios de venda 12% superiores ao mercado comum.

O Seminário

O 2º Seminário de Pecuária da Serra Catarinense, realizado durante todo o dia, na quarta-feira (16), no Parque Conta Dinheiro em Lages, atraiu mais de 700 pessoas de várias regiões do Estado.

Estiveram presentes na abertura e na composição da mesa, o secretário de estado da Agricultura e da Pesca, Airton Spies, o presidente da FAESC, José Zeferino Pedroso, o presidente da Epagri, Luiz Ademir Hessmann, o chefe geral da Embrapa Pecuária Sul, Alexandre Costa Varela, o presidente da Associação Rural de Lages, Márcio Pamplona e o secretário municipal da Agricultura e Pesca, Moisés Savian.

O principal objetivo foi a apresentação de alternativas para desenvolver o potencial da pecuária de corte na Serra Catarinense.

Informações fone: (49) 3223 1892 Assessoria de Imprensa Fone: (49) 9148 4045 E-mail: pchagas@brturbo.com.br

Fonte: http://www.lagesrural.com.br/

Estados do Sul discutem cadeia produtiva do leite

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Os secretários de Agricultura de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul reuniram-se nesta terça-feira , dia 15,em Curitiba (PR) para discutir uma estratégia conjunta de melhoria na cadeia produtiva do leite no Sul do Brasil. O encontro contou ainda com a participação dos representantes dos órgãos de defesa sanitária, pesquisa agropecuária, extensão rural dos três estados, além do setor privado e entidades ligadas à agricultura.

O secretário da Agricultura e da Pesca de Santa Catarina, Airton Spies, explica que a ideia é criar uma Aliança Láctea Sul Brasileira que pense estratégias para o desenvolvimento da cadeia produtiva do leite nos três estados. O desafio é avançar em qualidade, produtividade e competitividade, com maior organização estrutural do setor, logística e agregação de valor.

No Brasil, a região que mais cresce em produtividade é formada pelo oeste de Santa Catarina, noroeste do Rio Grande do Sul e sudoeste do Paraná. “Essa região tem o clima favorável, mão de obra qualificada, pasto o ano inteiro, mostrando que as condições para produzir leite de alta qualidade a preços competitivos são muito boas”, afirma Spies. Segundo o secretário, ainda há o que melhorar em termos de infraestrutura como estradas para o transporte de leite, energia elétrica para o resfriamento e também investimentos nas propriedades, como em resfriadores e salas de ordenha. “Para que o leite do sul do Brasil seja um produto competitivo no mercado global, a qualidade do leite precisa melhorar muito e a logística e infraestrutura precisam ser confiáveis para que possam atender demandas constantes de mercados exigentes”, ressalta o secretário catarinense.

Com uma taxa de crescimento médio de 8,6% ao ano, Santa Catarina se destaca como o quinto produtor nacional de leite, responsável por 7,9% da produção do Brasil. Com 80 mil famílias rurais envolvidas, a produção de leite está localizada, principalmente, em pequenas propriedades de agricultores familiares, ou seja, mais de 60% das propriedades tem área total menor que 20 hectares.

Fonte: http://economiasc.com.br/

Lages será sede do 2º Seminário de Pecuária da Serra Catarinense

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A Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), em parceria com o Governo do Estado de Santa Catarina, Associação Rural de Lages, Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), e a Embrapa Pecuária Sul irão promover em julho (16), no Parque de Exposições Conta Dinheiro, o 2º Seminário de Pecuária da Serra Catarinense.

O foco do evento será a discussão sobre o manejo integrado em busca de uma pecuária mais rentável, oferecendo palestras técnicas. Outro objetivo é discutir temas de relevância para pecuária regional nos dias de hoje, buscando promover o desenvolvimento sustentável e maior renda aos pecuaristas dos Campos de Cima da Serra. Como, por exemplo, como otimizar o potencial produtivo das pastagens naturais, e o manejo adequado de pastagens cultivadas de alto potencial produtivo e da integração lavoura-pecuária.

O destaque do Seminário será para a apresentação dos resultados parciais do projeto Rede de Propriedades Tecnológicas (Reprotec), realizado em algumas propriedades de ciclo completo de bovinos de corte, sob sistemas intensivos de produção a pasto. Uma destas propriedades está obtendo 460 kg de peso vivo/hectare/ano. Outro exemplo de sucesso é para uma propriedade de cria de bovinos de corte, que passou de uma taxa de desmame de 50% para uma média de 85% no segundo e terceiro anos de execução do projeto.

Também serão apresentados alguns resultados gerados com a organização dos produtores. Após a criação de uma aliança mercadológica com a marca “Campo das Tropas”, vêm sendo abatidos semanalmente bovinos jovens e com alto rendimento de carcaça, com a venda de carne de qualidade diretamente ao consumidor. Com a aliança, os pecuaristas conseguiram incremento de renda de 12%, em 2013, sobre os valores médios de mercado, e a venda de novilhos e novilhas ao mesmo patamar de preços.

Fonte: http://www.lagesrural.com.br/