Preço pago ao produtor de leite recua em janeiro, mas é superior ao de 2013
Valor recuou pelo terceiro mês consecutivo, pressionado pelo aumento na captação e pela demanda moderada desde o final do ano
O preço do leite pago ao produtor recuou pelo terceiro mês consecutivo, pressionado pelo aumento na captação e pela demanda moderada desde o final de 2013 em praticamente todas as regiões acompanhadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). A elevação do volume captado e a desvalorização do leite são comuns nessa época do ano, período de safra e de menor consumo devido, principalmente, às férias escolares.
Em janeiro, o preço bruto nacional (média ponderada pelo volume captado em dezembro nos estados de Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Bahia; valor com frete e impostos) foi de R$ 0,9951 por litro, redução de 4,46% ou de 4,6 centavos por litro em relação ao mês anterior.
Apesar da queda, a média atual é 7,3% superior à de janeiro de 2013 em termos reais (valores deflacionados pelo IPCA de dezembro de 2013). Por sua vez, o preço líquido médio (sem frete e impostos) pago ao produtor foi de R$ 0,9180/litro, baixa de 4,39% ou de 4,2 centavos por litro frente a dezembro de 2013, mas 13,2% superior a janeiro de 2013.
Segundo pesquisadores do Cepea, a queda nos preços já era esperada por agentes e muitos chegam a comentar que há um “superabastecimento” dos laticínios. O excedente de matéria-prima estaria sendo utilizado para a fabricação de leite UHT e leite em pó em algumas regiões do país.
De acordo com o Índice de Captação de Leite do Cepea (ICAP-L/Cepea), o volume captado por laticínios e cooperativas em dezembro aumentou 1,53% em relação ao mês anterior e está no maior nível da série do Cepea, iniciada em 2004 (Base 100). Dentre os sete Estados acompanhados, somente São Paulo teve redução, de 1,84%, pois os laticínios estavam com estoques elevados. Vale lembrar que São Paulo teve o maior aumento na captação de outubro para novembro, 8,15%.
A expectativa para o próximo mês é de queda ou estabilidade nos valores pagos aos produtores, segundo os laticínios e cooperativas consultados pelo Cepea. Entre os compradores entrevistados, pouco mais da metade (55,4%), que representa expressivos 74,9% do leite amostrado, acredita que haverá queda nos preços em fevereiro. Outros 41,3% dos agentes, que representam 21,7% do volume amostrado de leite neste mês, indicam estabilidade nos preços. Apenas 3,3% dos agentes têm expectativa de alta.
No mercado de derivados, as cotações também recuaram. No atacado paulista, o leite UHT se desvalorizou 8,13% em relação a dezembro, com média de R$ 1,84 por litro (até essa quarta, dia 29). O queijo muçarela caiu 3,04%, negociado a R$ 11,95 por quilo, em média. Alguns atacadistas esperam estabilidade a partir da segunda quinzena de fevereiro. A pesquisa de derivados do Cepea é realizada diariamente com laticínios e atacadistas e tem o apoio financeiro da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e da Confederação Brasileira de Cooperativas de Laticínios (CBCL).
Fonte: http://pecuaria.ruralbr.com.br/
[+] veja todas as notícias
Produção de leite cresce em SC, enquanto diminui na maioria dos estados
17.10.2022
Expolages termina com boas perspectivas para a próxima edição
15.10.2022
Expolages: comercialização de animais alcança mais de R$ 1,2 milhão
15.10.2022
Meet da Carne valoriza o crescimento da genética bovina na Serra
14.10.2022
Primeiro leilão marca o reencontro do público aos negócios
27.09.2022
Café da Manhã de Ideias e Ajustes para Expolages 2022
07.03.2022
Por que o Brasil á tão dependente da importação de fertilizantes
11.02.2022
Alface desenvolvida pela Epagri prova resistência à falta de chuvas e excesso de calor
18.11.2021
Lages terá Feiro de Gado Geral na segunda-feira 22 de novembro
17.10.2021
Expolages 2021 encerra com mais de R$ 5,3 milhões de faturamento