Congresso internacional da carne teve participação catarinense
A participação dos catarinenses foi por meio da participação de técnicos vinculados ao Projeto de Desenvolvimento da Pecuária de Corte da Serra Catarinense com o apoio da Associação Rural de Lages e Epagri. No evento, estiveram presentes delegações dos principais países produtores e consumidores de carne como Austrália, Argentina, Uruguai, EUA, Inglaterra, México, China, Paraguai, Colômbia e de diversas entidades nacionais e internacionais ligadas ao setor. O congresso teve como temática central “A melhor carne para Alimentar o Mundo”.
O Brasil como organizador buscou congregar diferentes segmentos da cadeia produtiva para dialogar a respeito dos desafios que o setor enfrenta, visando qualificar a atividade. Mais de 19 palestrantes e uma visita técnica abordaram diferentes visões dos setores envolvidos na produção de carnes, como: gestão, organização da cadeia produtiva, sanidade, qualidade, comercialização, promoção da carne e carne como alimento funcional.
A mensagem deixada pelos palestrantes é de que o Brasil tem potencial para aumentar a produção investindo em eficiência e tecnologia, mas também tem grandes desafios para prover ao mundo proteínas de alta qualidade em um cenário de demanda crescente da população. Tem produção da carne com custos competitivos comparando-se com os principais países exportadores, entretanto, deve harmonizar a cadeia produtiva para que os seus elos não se prejudiquem, e promova uma divisão equilibrada da eficiência e dos custos para quem utiliza boas práticas, tecnologia e inovação nos processos produtivos.
Cada vez se faz mais necessário que o governo ataque os gargalos de logística e infraestrutura que tem atravancado o desenvolvimento do país, com destaque para a defesa sanitária animal e rastreabilidade, para que possa cumprir as leis e acordos internacionais voltadas a proteção ambiental, direitos sociais e trabalhistas com segurança.
Santa Catarina tem diferencial favorável face ao cenário mundial e brasileiro, Santa Catarina possui um diferencial competitivo a ser explorado, de ofertar ao mercado consumidor catarinense e seus turistas um produto diferenciado, rastreado desde a origem, com status sanitário reconhecido como único estado da federação e da América com status livre de febre aftosa sem vacinação.
Segundo Adriano Santos, da ABRAS, (Associação Brasileira de Supermercados) 84% dos alimentos são comercializados por meio do supermercado, e um faturamento de 8,8% com a carne. Já Gustavo Loyola (ex-presidente do Banco Central por duas vezes), enfoca que a China do ponto de vista de perspectiva de crescimento, é o país com maior potencial de consumo de proteína animal, mesmo reduzindo seu crescimento para um PIB estimado de 7,5%. Mercados como o do Japão com crescimento estimado de 2-3%.
O cenário da América Latina apresenta crescimento promissor para países como Colômbia, Peru e Chile, Venezuela, enquanto a Argentina não apresenta o mesmo potencial devido ao momento econômico que atravessa. O consumo per capta no Brasil em 2013 está estimado em 42kg de carne em função do aquecimento do mercado interno o consumo tem crescido a uma taxa de 2,1% ao ano desde 2000, chegando muito próximo do patamar de consumo de países desenvolvidos. Esta é uma grande oportunidade de mercado, pois o Brasil ainda importa carnes do Uruguai, Argentina, Chile, Nova Zelândia e Austrália. Região Serrana no caminho certo os técnicos catarinenses envolvidos no projeto e que marcaram presença no Congresso Internacional tiveram a certeza de estão no caminho certo no que propõe aos produtores rurais da região, é o que buscam e/ou aprimoram muitos países onde a pecuária de corte é desenvolvida. “Desta forma temos um trunfo, com ambiente preservado na região. É exatamente o que está sendo feito com o programa “Campos das Tropas”, ressalta Caroline Ribeiro.
Dados recentes apontam que apenas 5% das carnes consumidas no país são certificadas, 15% são carnes de qualidade, com origem conhecida e 80% são comuns e aqui na Serra Catarinense está uma oportunidade de que neste mercado diferenciado com valor agregado existe o potencial para a pecuária de corte. “No entanto para alcançar esta meta é preciso, como primeiro passo, o desafio de estruturar a cadeia produtiva regional, visando aumentar a oferta de carne de qualidade, conquistando assim estabilidade ao sistema produtivo com rentabilidade ao produtor, qualidade, segurança e preço compatível ao consumidor”, reforçou Caroline.
Mais informações: Caroline Ribeiro – Fone: (49) 99922187
Fonte: http://www.lagesrural.com.br/
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