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Alface desenvolvida pela Epagri prova resistência à falta de chuvas e excesso de calor

O calor excessivo do verão e a estiagem que atinge Santa Catarina desde 2019 não foram grandes problemas para os produtores rurais que optaram por cultivar a alface Litorânea, desenvolvida pela Estação Experimental da Epagri em Itajaí. Quem atesta é Marcos Renan de Souza, coordenador técnico de vendas no Sul do Brasil da Isla Sementes, empresa campeã da chamada pública para multiplicar e vender as sementes da alface Litorânea.

O cultivar de alface SCS374 Litorânea resulta de um prolongado trabalho de seleção de plantas, realizado por cerca de 10 anos pelos pesquisadores da Epagri. Desenvolvida para ser produzida dentro do sistema orgânico, a alface se provou resistente à pouca chuva. “É um material forte, com número de folhas significativo e sistema radicular bom, o que resulta em melhor captação da água do solo”, descreve Marcos, que comercializa as sementes do cultivar desde 2019, quando a Isla venceu a chamada púbica da Epagri.

Outra vantagem relatada pelos produtores da alface litorânea diante do calor é a sua alta resistência à queima de borda (tip burn). Segundo Marcos, quando a temperatura do ambiente está muito alta, a alface encontra dificuldade de translocar cálcio, o que causa a doença. Contudo, a alta capacidade da litorânea de assimilar cálcio do solo faz dela mais resistente à queima de borda. A doença pode fazer com que a planta perca folhas, peso e, em casos extremos, torne-se inviável para comercialização.

“Um dos grandes destaques das alfaces lisas no Sul do Brasil é a Litorânea”, revela Marcos. Segundo ele, a Isla é uma das principais comerciantes de sementes de alface lisa no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, e a Litorânea tornou-se, em três anos, o carro-chefe no portfólio da empresa.

Informações para a imprensa
Gisele Dias, jornalista
(48) 3665-5147 / 99989-2992





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