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Marcelo Bolinha deu show sobre cortes e preparo da carne Devon certificada na Expolages

O especialista em cortes e preparo de carnes, Marcelo Bolinha, encantou o público na Expolages 2017.  Ele, que é de família de açougueiros, trabalha há 31 anos com carne, hoje viaja o mundo ensinando cortes e como preparar a iguaria. Desta vez veio à feira pela iniciativa do Núcleo de Criadores de Devon.

Bolinha enfatizou que, comparado a outros países, no Brasil é recente a preocupação com cortes e preparo de carnes. Destacou que não há diferença na maciez da carne Devon para demais raças britânicas. “Todas são igualmente boas, o que vai determinar a maciez é, principalmente, a precocidade do animal”, disse ele.

Ressaltou, ainda, que a alimentação dada para o animal também é determinante para o sabor final. “Todos sabem que torta de algodão amarga a carne”, lembrando que não há nada melhor do que boi a pasto.

Bolinha contou que consegue identificar pelo cheiro as características do animal que entra no seu açougue, como quando o boi é inteiro (não castrado) ou puro sangue, por exemplo. Sobre o rendimento de carcaça, ele contou que prefere as fêmeas, pois rendem mais do que os machos.

Durante a apresentação, Bolinha também desmistificou alguns conceitos como a carne de segunda. “Ao longo da minha vida mudei muito o meu conceito sobre carne de segunda (…) o peito é considerado pela maioria como uma carne dura, porém será que a carne é dura ou o tempo de cozimento que não é o necessário?”, disse ele.

O técnico da Associação Brasileira de Devon, Lucas Hax, complementou a apresentação falando de algumas características importantes da raça. “Um animal calmo como o Devon é mais fácil para ganhar peso a pasto, além disso, o boi que se estressa muito consome a reserva de glicose que possui dentro das células, o que deixa a carne dura. Como o Devon é mais calmo, isso é mais difícil de acontecer”, finalizou ele.





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