Negócios da pecuária serrana crescem em mais de 100% em quatro anos
Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), no que tange às transações comerciais no período de 2009 a 2013. O órgão fiscaliza todas as comercializações no Estado de qualquer venda oficial a partir do registro dos animais. Somente na regional de Lages, houve registro da introdução de mais de 22 mil cabeças, saltando de 323 para 345 mil animais. Um incremento de 7% no rebanho.
De acordo com o presidente da Associação Rural de Lages, Márcio Pamplona, os números são altamente favoráveis. No que se refere ao volume de negócios envolvendo animais de abate e recria, conforme os registros, em 2009, foram emitidas 11 mil 170 GTA’S, para 93.580 animais. Já em 2013, o número atingiu 26 mil 683 GTA´S para 193 mil 979 animais, um incremento de 107%. Financeiramente, considerando a média de R$ 2 mil por animal, somente na Serra Catarinense o volume de negócios na pecuária, em 2013, girou em torno de R$ 400 milhões. Em 2009, foram R$ 80 milhões. “Notem o quanto a pecuária serrana está movimentando financeiramente, sendo que o produtor reinveste os lucros no próprio negócio, com resultados diretos na qualidade dos planteis”, ressalta Márcio.
Além disso, é preciso dar destaque maior na comercialização de animais jovens. Considerando os meses de abril e maio quando tradicionalmente ocorrem as vendas de terneiros, de 2009 a 2013, o volume de negócios atingiu um crescimento de 260%. Um salto de 14 mil 150 para 50 mil 378 animais jovens comercializados, somente na nossa região. “A contribuição a todo esse incremento reflete a resposta que o setor deu pela boa fase; pelos investimentos em novas tecnologias e também dos diversos aportes de recursos oriundos do Governo do Estado”, lembra Márcio.
RESPOSTA AO DESAFIO
Entre 2009 e 2010, o setor do agronegócio serrano foi desafiado pelo Governo do Estado de Santa Catarina para que trabalhasse no aumento da produção. Com o desafio aceito, imediatamente foram iniciados os projetos, entre eles a implementação da Rede de Propriedades de Referência Tecnológica (Reprotec), e a criação da marca “Campos das Tropas” para a comercialização de carne nobre no mercado local. Um projeto que nasceu atendendo sugestão do governador Raimundo Colombo que destacava a necessidade de desenvolver mais e de maneira sustentável a atividade histórica da região Serrana Catarinense. Houve também a inclusão da pecuária de corte no Programa Juro Zero para melhoramento de campos nativos. “Além disso, é preciso considerar o fortalecimento de eventos oficiais, caso das diversas feiras na região, entre elas a Expolages, considerada a maior de SC, na comercialização e volume de animais”, conclui Pamplona.
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